ATÉ A VERDINHA

Preço da cerveja dispara: Heineken puxa alta e Ambev reage

Os preços da cerveja no Brasil tiveram alta entre julho e agosto, puxados principalmente pelos aumentos da Heineken, que elevou em média 6%.

Os preços da cerveja no Brasil tiveram alta entre julho e agosto, puxados principalmente pelos aumentos da Heineken, que elevou em média 6%
Os preços da cerveja no Brasil tiveram alta entre julho e agosto, puxados principalmente pelos aumentos da Heineken, que elevou em média 6% Foto: Divulgação

Os preços da cerveja no Brasil tiveram alta entre julho e agosto, puxados principalmente pelos aumentos da Heineken, que elevou em média 6% o valor de seus produtos. Em resposta, a Ambev reajustou seus preços em cerca de 3,3%, segundo relatório do Bank of America (BofA).

O estudo acompanhou mais de 1.500 amostras de preços em 19 marcas, tanto em bares e restaurantes quanto no comércio varejista e atacadista. Até então, a Heineken havia reduzido preços no segundo trimestre, pressionando a participação da Ambev, que elevou preços mais cedo no ano. A partir de julho, a holandesa passou a aumentar valores, levando a rival a reajustar novamente.

Aumentos de Preços e Inflação da Cerveja

Entre junho e agosto, a Heineken subiu seus preços em média 6,1%, com destaque para a Devassa, que avançou 24%. A Ambev, que havia reduzido preços em junho, hoje opera com preços 2% acima dos níveis de maio. A inflação da cerveja acelerou, ultrapassando a inflação geral do país.

No segmento premium, Heineken subiu 3,4% e a Ambev fez reajustes em marcas como Corona e Stella Artois. Hoje, a Heineken está com preços até 28% mais baixos que a Corona, ampliando sua vantagem competitiva.

Impacto nas Marcas de Volume e Estratégias de Preços

Entre as marcas de maior volume, Amstel teve alta de 7,5%, Budweiser subiu cerca de 10%, Skol e Brahma tiveram aumentos menores, enquanto Devassa cresceu em dois dígitos. A Itaipava, da Petrópolis, não reajustou preços, ampliando a diferença em relação à Skol.

O Bank of America mantém avaliação neutra sobre as ações da Ambev, destacando que o segundo semestre será marcado por consumo mais moderado, custos elevados e forte concorrência. As ações da companhia são negociadas com múltiplos abaixo da média histórica em relação à Anheuser-Busch InBev.