FORMAÇÃO ACADÊMICA E PESSOAL

Raciocínio lógico sustenta aprendizado em todas as fases da vida

Incentivo à logicidade é fundamental para a construção do pensamento crítico, autônomo e criativo do indivíduo.

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Caroline de Aguiar - diretora da Escola Canadense em Belém
Caroline de Aguiar - diretora da Escola Canadense em Belém

O raciocínio lógico é a base para o aprendizado de disciplinas como matemática, ciências e linguagens. É o que diz a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que prevê que crianças devem ser estimuladas ao desenvolvimento do raciocínio lógico desde a Educação Infantil. Essencial para a formação acadêmica e pessoal, o incentivo à logicidade é fundamental para a construção do pensamento crítico, autônomo e criativo do indivíduo. Jogos estratégicos, resolução de problemas e atividades experimentais são alguns dos meios para a autonomia desde a primeira infância. 

De acordo com a diretora da Escola Canadense de Belém, Caroline de Aguiar, o raciocínio lógico é responsável por fortalecer a capacidade de tomada de decisões, resolução de problemas e no pensamento estruturado. É esta competência que sustenta o aprendizado em todas as áreas da vida, estimulando a autonomia intelectual e preparando as crianças para os desafios dentro e fora da escola. 

“É importante estimular desde cedo porque vai ajudar as crianças a desenvolverem o pensamento crítico, ter uma organização mental melhor e uma autonomia para resolver problemas. Por exemplo, se a gente pegar o que eles trabalham, com a montagem de um quebra-cabeça, eles vão precisar se organizar. Nesse movimento, a criança vai aprender a identificar padrões, criar estratégias de como montar e persistir no objetivo até alcançar. Essas são habilidades que serão aplicadas em diversas situações acadêmicas e sociais”, explica. 

Atividades Lúdicas e o Raciocínio Lógico

As atividades lúdicas e desafiadoras são os principais meios de incentivo e construção da logicidade. Jogos de estratégia, resolução de problemas, experimentos práticos são algumas experiências que despertam a curiosidade da criança. Dessa forma, estes artifícios auxiliam no desenvolvimento de conexões cognitivas, culminando na aplicação do pensamento lógico em diferentes contextos da rotina. 

Segundo a diretora, o estímulo à consolidação desta habilidade impacta diretamente no desempenho acadêmico do aluno, com destaque para as áreas de matemática e leitura. “Vamos falar de construção com blocos ou dos jogos em que eles têm que criar estratégias. Nesses movimentos a criança vai aprender a planejar, a testar hipóteses e a buscar soluções. Então, dessa forma, desenvolvemos um pensamento crítico e a flexibilidade cognitiva. Essas competências são essenciais para a vida e para o mundo em constante transformação”, reforça Caroline de Aguiar

MANUTENÇÃO

Ainda conforme a entrevista, para manter o incentivo em outras faixas etárias, é preciso adaptar progressivamente as atividades de acordo com o nível de complexidade de cada etapa da vida. “A gente vai trabalhar com projetos colaborativos, com debates, com resolução de problemas reais, cada vez aproximando mais a realidade daqueles problemas para fazer sentido para as crianças e adolescentes. Isso vai manter o engajamento das crianças e promover a aplicação prática das habilidades. É trazer para próximo da realidade deles mesmo”, finalizou.

Competências da BNCC

Desenvolvimento do pensamento algébrico: a BNCC prevê que os estudantes do Ensino Fundamental devem ser capazes de compreender e utilizar os conceitos fundamentais da álgebra. Para isso, é possível propor atividades que envolvam a identificação de padrões numéricos, o uso de variáveis e a resolução de equações simples. Por exemplo, uma atividade pode ser a construção de sequências numéricas e a identificação da regra de formação.

  • Compreensão de grandezas e medidas: a BNCC prevê que os estudantes do Ensino Fundamental devem ser capazes de compreender e utilizar os conceitos de grandezas e medidas. Para isso, é possível propor atividades que envolvam a medição de comprimentos, massas e capacidades, a identificação de unidades de medida e a resolução de problemas envolvendo essas grandezas. Por exemplo, uma atividade pode ser a medição de objetos com fita métrica e a identificação da unidade de medida adequada.
  • Resolução de problemas: a BNCC prevê que os estudantes do Ensino Fundamental devem ser capazes de resolver problemas matemáticos de diferentes naturezas. Para isso, é possível propor atividades que envolvam a análise e interpretação de situações-problema, a identificação das informações relevantes e a escolha da estratégia adequada para a resolução do problema. Por exemplo, uma atividade pode ser a resolução de problemas envolvendo operações matemáticas, como adição, subtração, multiplicação e divisão.
  • Interpretação e construção de gráficos: a BNCC prevê que os estudantes do Ensino Fundamental devem ser capazes de interpretar e construir gráficos de diferentes tipos. Para isso, é possível propor atividades que envolvam a leitura e a interpretação de gráficos de barras, gráficos de linhas e gráficos de setores, bem como a construção desses tipos de gráficos a partir de dados fornecidos. Por exemplo, uma atividade pode ser a leitura e interpretação de um gráfico de barras com informações sobre a quantidade de alunos em diferentes séries escolares.
  • (Fonte: Editora Ibep)