ATROPELAMENTO E LÁGRIMAS

Lágrimas no gramado: o que a psicologia esportiva diz sobre o choro de Neymar

No último domingo, o Santos foi atropelado pelo Vasco em pleno estádio em São Paulo e sofreu uma derrota histórica por 6 a 0.

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Neymar desabou após o massacre imposto ao Santos. Foto: Reprodução
Neymar desabou após o massacre imposto ao Santos. Foto: Reprodução

No último domingo, o Santos foi atropelado pelo Vasco em pleno estádio em São Paulo e sofreu uma derrota histórica por 6 a 0, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. Craque do time e principal referência técnica, o atacante Neymar não conseguiu conter as emoções após o apito final e caiu em lágrimas ainda dentro de campo.

A cena comoveu torcedores e reacendeu debates sobre o impacto emocional do futebol de alto rendimento. Segundo especialistas em psicologia esportiva, o choro de Neymar pode ser compreendido como resultado de múltiplos fatores emocionais e psicológicos.

De acordo com a psicologia, momentos como esse funcionam como uma descarga emocional. O choro pode representar o acúmulo de tensão, frustração e sentimentos de impotência diante de uma situação traumática, como uma derrota por placar tão elástico. Neymar, como líder técnico do Santos e ídolo da torcida, carrega uma grande responsabilidade, o que intensifica a pressão e, consequentemente, a reação emocional.

Outro ponto relevante é o sentimento de frustração com o desempenho coletivo. Mesmo com sua habilidade individual, o jogador pode ter se sentido sozinho ou incapaz de reverter a situação dentro de campo — algo que, para atletas de elite, costuma gerar fortes reações internas.

A psicologia também aponta o sentimento de vergonha ou falha pública como um possível gatilho. Jogadores de alto nível sabem que estão sob constante observação da torcida, da imprensa e dos patrocinadores. Ser goleado em casa, em um jogo amplamente divulgado, pode ser interpretado como uma exposição dolorosa — especialmente para quem está acostumado a vitórias e aplausos.

Relação de Neymar com o Santos

Além disso, Neymar mantém uma relação afetiva profunda com o Santos, clube que o revelou. A derrota, portanto, não é apenas profissional, mas também emocional. Quando há esse nível de identificação, o insucesso do time é sentido como uma perda pessoal.

Por fim, especialistas lembram que o choro pode ser um sinal de exaustão emocional. Em meio a uma rotina intensa de treinos, jogos, cobranças e compromissos públicos, o corpo e a mente também chegam ao limite.

Apesar da comoção gerada, psicólogos ressaltam que chorar não é sinal de fraqueza, mas de humanidade. Em um ambiente de extrema competitividade, como o futebol profissional, expressar sentimentos pode ser um passo importante para manter o equilíbrio mental e emocional.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.