RIBAMAR, VIZEU E AS 'JOIAS RARAS'...

O peso da camisa... de outros clubes: por que medalhões não rendem no Remo

Nem sempre nomes de destaque ou passagens por grandes clubes se traduzem em desempenho consistente dentro de campo.

O atacante Felipe Vizeu atingiu uma marca importante em sua carreira: mais de 50 vitórias em competições nacionais do futebol brasileiro.
Vizeu foi uma negação no Remo. Foto: Samara Miranda/Ascom Remo

Nem sempre nomes de destaque ou passagens por grandes clubes se traduzem em desempenho consistente dentro de campo. O Remo, ao longo dos últimos anos, trouxe jogadores com histórico de grife que não corresponderam às expectativas da torcida. O caso mais recente é o de Felipe Vizeu, anunciado no final do ano passado com contrato de dois anos. Apesar do prestígio acumulado em sua carreira, o atacante deixou o clube após uma temporada marcada pela decepção, somando apenas três gols em 26 jogos antes de se transferir para o Sporting Cristal.

Outros exemplos reforçam que nem todo brilho prévio garante impacto imediato. Em 2024, Ribamar chegou ao Baenão com credenciais, mas sua passagem rendeu apenas três gols em 36 partidas. O carisma do atacante foi o ponto mais lembrado pelos torcedores, enquanto os números deixaram a sensação de “quase” durante sua passagem. Situações semelhantes ocorreram em 2022, quando Rodrigo Pimpão, ex-Botafogo, teve uma curta trajetória: apenas 11 jogos e um gol marcado, sem deixar uma marca significativa.

No ano passado, Camilo, com passagens por Botafogo, Internacional e pela Seleção Brasileira, teve uma experiência agridoce. Atuando de forma regular, marcou três gols em nove partidas, mas deixou o clube após a demissão do técnico Ricardo Catalá, demonstrando que contexto e ajustes táticos também influenciam na performance, independentemente da história do jogador. Já Kelvin, em 2024, chegou ao Remo após passagens por Porto (Portugal), Palmeiras, São Paulo, Botafogo e Fluminense, mas não conseguiu deixar sua marca: 34 jogos sem gols, mostrando que a grife não é sinônimo de eficiência.

Esses exemplos evidenciam que, no futebol, histórico de clubes ou reconhecimento nacional não garante sucesso imediato. A adaptação ao elenco, ao estilo de jogo e às expectativas do torcedor são fatores determinantes para o rendimento. Para o Remo, essas experiências reforçam a importância de avaliar além do currículo, lembrando que nem sempre o peso do passado se traduz em gols e resultados dentro de campo.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.