DERROTA FORA DE CASA

Com técnico em pós-operatório, Paysandu decepciona

Equipe de Claudinei Oliveira pecou nas finalizações e ficou na seca em derrota para a Chapecoense pela Série B

FOTO: FACEBOOK PAYSANDU
FOTO: FACEBOOK PAYSANDU

Antes de a bola rolar na Arena Condá, o torcedor do Paysandu foi surpreendido com duas novidades: a presença do técnico Claudinei Oliveira à beira do gramado, contra a Chapecoense-SC, e, por outro lado, a ausência do atacante Diogo Oliveira no time bicolor para o começo do jogo. A expectativa era de que o Papão fosse orientado pelo auxiliar-técnico Sandro Forner. Contudo, o treinador, que passou por uma cirurgia no sábado, para a retirada de cálculos renais, recebeu alta e resolveu viajar para Santa Catarina para orientar o time.

De nada adiantou o sacrifício do técnico Claudinei Oliveira. O esforço do treinador não foi capaz de servir de estímulo para os seus comandados. Foi a segunda derrota do treinador no cargo, depois de ter ficado por nove rodadas da Série B sem sofrer nenhum revés. Após a derrota frente ao time catarinense, o comandante bicolor admitiu que o adversário fez por onde merecer o resultado de 2 a 0, na Arena Condá, sobretudo pela rendimento superior que teve nas finalizações das jogadas de ataque.

“A Chapecoense vem fazendo um grande trabalho na competição”, elogiou. “Não é à toa que está no G4. Fez uma grande partida. Nós procuramos jogar, não fomos uma equipe que veio só para se defender, criamos situações. Tivemos 29 finalizações contra 20 da Chape, só que a qualidade das finalizações deles foi muito superior. Eles finalizaram muito melhor a gol”, analisou Oliveira. “A gente tentou jogar, mas pelo que foi o jogo, a Chapecoense mereceu a vitória”, admitiu o treinador. “Acho que a gente merecia um gol para ficar um placar mais justo. Mas a Chape fez um grande jogo”, comentou.

O treinador reconheceu que a situação de seu time, 19º colocado na Série B, é delicada, precisando com urgência dar a volta por cima. “A gente tem de reagir rápido. Não temos condições de ficar oscilando para baixo com uma sequência de jogos sem vitória. Ficamos nove jogos sem derrota e agora já estamos, contando com os empates há alguns (cinco) sem vencer. Temos de trabalhar o dobro para buscar a recuperação e buscar a vitória em casa, domingo, contra o Operário-PR”, declarou Oliveira. Que abordou, também, a questão do gramado sintético do local da partida. “É chato a gente falar, mas não é desculpa, é uma realidade, o gramado é diferente dos outros, então você tem dificuldade”, disse.

Mudanças na Equipe e Desempenho

Claudinei falou sobre algumas das mudanças que fez no time para o começo da partida e, também, no decorrer. O zagueiro Novillo, por exemplo, foi substituído por Thiago Heleno, enquanto Leandro Vilela, que era o jogador mais lúcido do meio de campo bicolor cedeu o posto para Ronaldo Henrique, que, inclusive, recebeu o seu terceiro cartão amarelo e está fora do próximo compromisso da equipe. “O Leandro saiu por ter sentido. Não sabemos ainda se foi uma lesão ou um desconforto”, explicou o técnico, falando, em seguida, da entrada de Heleno para o início do jogo no posto daquele que é considerado o melhor zagueiro do elenco bicolor.

“O Thiago a gente optou para dar uma melhor qualidade. Ele vem treinando bem, vem se dedicando nos treinos. Já era para ter jogado. A gente começa a bater para sair de uma situação difícil, a gente bate e não sai e aí você fala assim, será que a gente está precisando de um pouco mais de experiência em campo? Um jogador mais rodado, com maior evidência? E aí coloquei o Thiago. Quando ele veio, todo mundo esperava que ele fosse titular. A gente foi mantendo o Thalisson e o Novillo, só que vi que o Thiago estava bem nos treinamentos e achei que ele estava num bom momento. Acho que ele precisa ter uma boa sequência”, argumentou.

“Estou aqui no décimo primeiro jogo e em nenhuma partida tivemos a mesma equipe. Cada partida é um time diferente, seja por suspensão ou por lesão por algum motivo”, lamentou o treinador.

Ausência de Diogo Oliveira e Impacto no Ataque

No tocante ao atacante Diogo Oliveira, o jogador, conforme anunciou a assessoria bicolor, contraiu uma virose e foi poupado para o começo do confronto, ficando ‘meia-boca’, no banco de reservas, em princípio, apenas fazendo número. Mas, ele acabou entrando, no segundo tempo, no lugar de Benitez, que, mais uma vez, não conseguiu justificar a sua contratação pelo Paysandu. O atacante é um dos mais criticados pela torcida do Papão. Não está descartada a entrada do nome do paraguaio na lista dos jogadores que não permanecerão no clube para a sequência do campeonato.