Dois criminosos, um deles armado, foram violentamente espancados após tentarem assaltar um bar lotado de torcedores que assistiam ao jogo entre Clube do Remo e Botafogo-SP, na noite deste sábado (16), na Rua dos Pariquis, esquina com a Travessa Castelo Branco, no bairro da Cremação, em Belém.
Apesar do receio de algum “X9” (alcaguete) entre os curiosos que se aglomeraram no local, uma testemunha relatou ao DIÁRIO que o assalto ocorreu pouco depois do fim do jogo, com o bar ainda cheio de torcedores. O clima era de frustração pelo empate, mas os presentes seguiam confraternizando, como de costume em dias de partidas televisionadas.
Foi nesse momento que os dois criminosos chegaram em uma motocicleta e pararam quase em frente ao estabelecimento. Armados, anunciaram o assalto. Enquanto um dos assaltantes apontava a arma com agressividade e ameaçava os clientes, o outro recolhia cordões, alianças, anéis, celulares e carteiras.
No entanto, em um descuido dos criminosos, uma das vítimas conseguiu desarmar o suspeito armado. Isso foi o estopim para que vários homens presentes reagissem, dando início a um espancamento generalizado dos dois assaltantes. A surra foi descrita por testemunhas como “impiedosa e sem precedentes”, especialmente considerando que o bar é conhecido por ser frequentado por policiais.
A motocicleta usada pelos criminosos também foi destruída pela multidão revoltada. Gravemente feridos, os assaltantes ficaram caídos no chão até a chegada de duas ambulâncias do Samu (USA 202 e USA 204), que os conduziram ao Hospital Metropolitano de Ananindeua.
Policiais do 37º Batalhão da PM, sob comando do tenente Rômulo, atenderam à ocorrência após acionamento via Ciop. Ao chegar, a guarnição encontrou os suspeitos feridos e isolou a área até a chegada do Samu.
Durante o atendimento, duas mulheres apareceram no local dizendo ser parentes de um dos suspeitos, mas se recusaram a fornecer nomes ou endereços, inclusive à polícia.
Posteriormente, a Polícia Militar identificou os agressores como Leandro das Graças Santos e Alessandro Melo da Cruz. Alessandro portava um revólver calibre 38 com numeração raspada e seis munições “picotadas” — indicando tentativa frustrada de disparo durante o assalto.