
Depois de mais uma amarelada em casa, o Remo volta a deixar a torcida em dúvida sobre qual é, de fato, a intenção do clube na Série B. Tem pontuação para brigar pelo acesso, mas o futebol apresentado não convence. Vive da boa largada na competição e de lampejos ao longo do caminho — especialmente após a saída de Daniel Paulista e a troca no comando técnico.
Os problemas do Leão passam muito pelo treinador António Oliveira, que parece perdido, sem saber como posicionar a equipe em campo. Além disso, costuma mexer mal durante os jogos. Hoje, o Remo sobrevive de jogadas isoladas do artilheiro Pedro Rocha — como no gol de ontem — e de defesas milagrosas de Marcelo Rangel, que voltou a se destacar na partida contra o Botafogo-SP.
Mas essa conta precisa ser dividida com mais gente. Ficou evidente neste sábado que há jogadores que não têm nível para vestir a camisa de um time que pretende ser competitivo na Série B. E isso dito com ou sem respeito, vai da sensibilidade de quem se sentir ofendido. Jogador que mal sabe cobrar um lateral, que não sabe o que fazer quando está cara a cara com o gol, que só cisca pelos lados sem sair do lugar, ou que simplesmente se atrapalha com a bola. Tem também aquele veterano, “passado na casca do alho”, errando passes de dois metros. E o que dizer do jogador que se encabula com a presença de milhares de torcedores na arquibancada? É como imaginar uma grande banda tocando em um estádio cheio — não se pode desafinar na apresentação.
E a diretoria, onde entra nisso tudo? No Flamengo, por exemplo, se via um Marcos Braz visceral, atuante, inflamando o vestiário e os bastidores. No Remo, pouco se ouve do executivo de futebol. Enfim, após mais um tropeço, se nada mudar, o Remo vai terminar a temporada no meio da tabela, apenas contando os dias para acabar o campeonato. Sem cair, sem subir — apenas existindo na Segundona.
Voltamos a qualquer momento…