Há 40 anos, o primeiro álbum do Legião Urbana, um marco do rock nacional, chegava às prateleiras, dando início a uma trajetória que ecoa até hoje. Lançado em 1985, o disco homônimo surgiu como uma explosão poética e visceral, apresentando composições poderosas como Será, Geração Coca-Cola, Soldados, Ainda É Cedo e Por Enquanto, que rapidamente conquistaram as rádios e embalaram uma geração inteira.
Fundada em Brasília no início dos anos 80, o Legião Urbana começou com quatro integrantes: Renato Russo (vocais e, inicialmente, baixo), Marcelo Bonfá (bateria), Paulo Guimarães “Paulista” (teclados) e Eduardo Paraná (guitarra). Com mudanças na formação, Dado Villa-Lobos assumiu a guitarra e Renato Rocha, o “Negrete”, passou a tocar baixo, completando o quarteto mais lembrado pelos fãs e responsável por consolidar o nome da banda na história.
O Legado e a Influência da Legião Urbana
O impacto da Legião Urbana reverberou por décadas. Suas letras profundas, que falavam de amor, dor, juventude e crítica social, inspiraram fãs, mas também outras bandas brasileiras como Plebe Rude e Capital Inicial. A sonoridade carregava referências do pós-punk inglês e do punk rock, mas com uma identidade própria, marcada pela intensidade de Renato Russo e pela coesão instrumental do grupo.
Hoje, o legado segue vivo. Dos quatro nomes icônicos, apenas Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos permanecem nos palcos, celebrando os grandes sucessos da banda. Renato Russo faleceu em 1996, vítima de complicações relacionadas à AIDS, enquanto o baixista Negrete deixou o grupo no fim da década de 80 e morreu em 2015. Ainda assim, cada acorde e cada verso da Legião continuam a atravessar gerações, reafirmando o peso histórico daquele álbum que mudou tudo em 1985.
Ouça o álbum: