As principais forças do futebol do Pará, Remo e Paysandu seguem suas jornadas na temporada 2025, que só será concluída na 2ª quinzena de novembro. Antes, Leão e Papão estiveram juntos em outras duas competições este ano: o Parazão e a Copa Verde, com o Papão, abrindo o seu calendário com a participação na Supercopa Grão-Pará, torneio relâmpago criado, ano passado, pela Federação Paraense de Futebol (FPF). Azulinos e bicolores dividiram a conquista dos títulos das disputas. O Remo sagrou-se campeão do Estadual, após dois anos de jejum, quando apenas assistiu a Águia e Paysandu levantarem o “caneco” de campeões. O Paysandu, por sua vez, faturou a Supercopa Grão-Pará e a Copa Verde.
O Leão chegou ao título do Parazão suplantando o seu maior rival, o Paysandu, no tradicional Re-Pa, disputado em jogos de ida e volta. Para chegar à grande decisão, o Leão eliminou, na fase semifinal, a Tuna Luso, em jogo único, com a vitória por 2 a 1, no Mangueirão, jogo no qual a Lusa vendeu caro a classificação aos azulinos. Já o Paysandu despachou o Águia de Marabá sem dificuldade, emplacando 3 a 1. No tradicional confronto entre os clubes de maiores torcidas no futebol paraense na final do Estadual, em jogos de ida e volta, foi bastante equilibrado, sendo decidido nos tiros livres da marca do pênalti.
No jogo de ida, o Remo levou a melhor, vencendo o Paysandu por 3 a 2, na volta, os bicolores foram à forra e venceram por 1 a 0. Com uma vitória para cada lado, com diferença de um gol, a decisão acabou indo para os pênaltis, quando o Leão balançou a rede por 6 vezes, contra cinco do adversário. Estava garantido o 48º título estadual da equipe na história. A conquista assegurou ao Leão participação na Copa do Brasil de 2026. Como vice-campeão local, o Papão também carimbou seu passaporte para o torneio nacional. Adailton, com quatro gols, foi o principal artilheiro da equipe remista, com diferença de dois gols para Nicolas e Rossi, do Paysandu, principais goleadores do campeonato.
Ainda com os elencos dos clubes sendo montados, o calendário 2025 do futebol paraense foi aberto com a 2ª edição da Supercopa Grão-Pará. Paysandu e Tuna Luso foram os protagonistas da competição, direito assegurado aos clubes pelas conquistas do Parazão do ano anterior e da Copa Grão-Pará, respectivamente. Um torneio, diga-se, sem grande expressão e, por isso, de pouca atratividade para o torcedor. O Papão acabou batendo a Lusa, por 2 a 0, com o destaque da decisão ficando para o atacante Nicolas, autor dos gols bicolores. A disputa da partida acabou servindo de espécie de preparação meia boca para Papão e Lusa visando o Estadual.
No que diz respeito à conquista da Copa Verde, esta sim teve significado bem mais relevante para o Papão. Com a conquista do título, o time bicolor ratificou a condição de maior detentor de títulos do torneio. Foi a 5ª vez que a equipe paraense levantou o troféu do CV, cuja 1ª edição aconteceu em 2014. Antes, o Paysandu havia faturado as edições dos anos de 2016/18/22/24. Pela primeira vez na história do torneio, uma equipe chegou a conquista de dois títulos seguidos da competição. A decisão entre Paysandu e Goiás-GO, que conta com um título do torneio, foi simplesmente eletrizante, disputada em jogos de ida e volta.
O jogo de ida, disputado no Mangueirão, terminou com o empate, sem gols, deixando a decisão em aberto. A decisão ficou reservada para o estádio Serra Dourada, em Goiânia. E novamente houve empate, desta vez, por 1 a 1, com o time goiano abrindo o placar por intermédio de Welliton Matheus. A torcida do time esmeraldino já festejava o 2º título do clube no torneio, esquecendo-se, porém, que o jogo só termina com o apito final do árbitro. Na reta final do jogo, Cavalleri balançou a rede, igualando o placar e levando a decisão para os pênaltis, quando o Papão acabou vencendo por 5 a 4, com o gol do título saindo da cobrança executada por Leandro Vilela.
Além do pentacampeonato, o Paysandu também encerrou sua participação na Copa Verde tendo o principal goleador do torneio, no caso, o atacante Rossi, ex-Vasco-RJ, autor de quatro tentos. Encerradas suas participações na Super Copa Grão Pará, Copas Verde e do Brasil, na qual as equipes locais, incluindo Tuna Luso e Águia de Marabá, foram apenas, digamos, figurantes, Remo e Paysandu entraram na disputa da Série B do Brasileiro, competição ainda em andamento, com azulinos e bicolores lutando para chegar à elite do futebol brasileiro em 2026. No momento o Leão é quem está mais próximo do objetivo, mas a competição só está indo para a sua 21ª rodada das 38 do campeonato. Ou seja, muita água ainda tem para passar por baixo dessa ponte.