O mais novo contratado do Clube do Remo, o zagueiro Cristian Tassano, foi apresentado oficialmente nesta quarta-feira. O jogador uruguaio, de 29 anos, esteve por último no Feirense, da segunda divisão de Portugal, e chega ao Brasil com mais de três meses desde a última vez que entrou em campo. Ele entrou em campo no final da partida em que sua equipe perdeu de 2 a 0 para o Leixões, dia 14 de maio. Tassano deixou claro que vai precisar de um tempo para entrar em forma. Ou seja, não será neste sábado, contra o Botafogo-SP, no Mangueirão, que a torcida verá a estreia de mais um novo azulino nesta Série B do Campeonato Brasileiro.
O atleta chegou ao Baenão com o discurso na ponta da língua. Disse em portunhol que conhece bem a história do Leão e da força do Fenômeno Azul. Além disso, garantiu que fará de tudo para poder estar em campo o quanto antes e compensar o tempo que está sem jogar. Agora, o Remo deve ir atrás de mais alguns reforços para o restante do Brasileirão. A prioridade é o meio de campo e, principalmente, o ataque. Com a saída do centroavante, Felipe Vizeu, a diretoria remista concentra esforços na vinda de um homem de área, alguém que possa revezar com Pedro Rocha no comando do ataque azulino.
Abaixo, alguns dos momentos da entrevista coletiva concedida pelo zagueiro Cristian Tassano.
Preparação I
“É um grande prazer estar aqui, vestir a camisa do Remo e fazer parte desta instituição. Faz mais ou menos três meses que joguei meu último jogo. Vim de Portugal para fazer uma temporada completa, mas também é certo que faz três meses que foi minha última partida. Estava treinando no Uruguai, mas não é a mesma coisa treinar com um grupo. Desde que cheguei aqui já estou treinando com um grupo, estou fazendo uma pequena adaptação porque há muitas coisas diferentes, o clima, por exemplo. Aqui é muito calor. Eu estava no Uruguai, onde está muito frio e tem isso também. Não estava treinando com equipe, estava treinando sozinho, às vezes fazia campo. Mas não é a mesma coisa. Então, pouco a pouco estou fazendo uma adaptação. Ninguém mais do que eu tem a vontade de jogar, mas também é certo e é uma realidade que hoje não estou 100% para jogar”.
Preparação II
Na semana anterior já treinei com um grupo, esta semana também estou para treinar com um grupo. Estou me sentindo melhor, muito melhor. Já estou um pouco mais adaptado aos climas daqui, às cidades e, em breve, isso, aos poucos, vai se adaptar. O treinador, ontem, disse que estarei para ajudar a equipe, irei para dentro (do campo), mas agora estou para treinar, para conhecer meus companheiros e também para ajudar eles a fazer o melhor e dar o exemplo.
Experiência internacional
“Eu tenho um título em um acesso da Liga Holandesa, com o Twente. Joguei na Rússia, Khimki, não joguei muito, fiz poucos jogos e pronto, mas o título está lá. Eu tenho esses dois, mas eu também já joguei por muitos países, muitos lugares, e posso me adaptar a qualquer futebol. Sei a história do Remo, da força da torcida, já vi jogos mas não é a mesma coisa, quero ver aqui. Sei que o torcedor também gosta de cobrar, e está bem, porque querem o melhor para o Remo, e querem essa ascensão à Série A”.
Características
“Eu sou um jogador muito competitivo, gosto muito de sair jogando organizado. Mas também não sou burro, se tiver que meter uma bola para fora, para cima, vou meter, porque primeiro tenho que dar segurança para os meus colegas. Depois que organizar, tento ser rápido, agressivo, essas são minhas qualidades”.
Chamamento à torcida
“Eu já vi jogos do Remo, já vi a torcida em ação, gente que está sempre apoiando o Remo. Por isso aproveito também para convidar a galera para que venha, que esteja com a gente, que nós precisamos muito da torcida. Precisamos ganhar e seguir dentro do G4. E para isso, tentar atingir nossos objetivos, que é estar no G4 e conseguir esse sonhado acesso à Série A”.
Concorrência
“Estou tranquilo, fazendo uma adaptação, tentando ver o melhor. Acho que tenho uma boa competitividade e aqui será uma competitividade saudável com meus colegas. Cada um tem características diferentes e, em breve, temos que fazer a nossa parte. Treinar, fazer o melhor no dia a dia e depois ver o que o treinador vai escolher. Quem for melhor para a equipe, quem for ajudar com suas características, vai jogar. É assim, treinar dia-a-dia e estar preparado para o jogo, porque o futebol muda muito rápido, um dia leva um, outro dia leva outro, e você tem que estar preparado”.
Jogar no Brasil
“Acho que foi uma boa oportunidade retornar para América do Sul. O Brasil é uma referência mundial, deu pra ver no Mundial de Clubes. Qualquer equipe do Brasil compete de igual para igual com os europeus e muitos jogadores europeus estão vindo para jogar aqui na Série A e também na Série B. Foi uma boa escolha vir para cá, estou em um bom momento na carreira, com experiência na Europa”.