
A família de Raíssa de Nazaré Aleixo, internada desde 4 de agosto na UTI do Hospital Porto Dias, em Belém, denuncia a Unimed pela demora na autorização de um procedimento de embolização cerebral em caráter de urgência.
A paciente, que sofre de má formação arteriovenosa cerebral (MAV), corre risco de vida e de sofrer sequelas neurológicas graves. Na tarde desta terça-feira, 12, parentes foram até a ouvidoria da cooperativa cobrar respostas sobre o caso da paciente.
Raíssa já passou por dois procedimentos de embolização: o primeiro em outubro de 2024 e o segundo em março deste ano. O terceiro e penúltimo procedimento foi solicitado pelo neurocirurgião responsável em 16 de junho, considerando que o intervalo ideal entre as intervenções é de 90 dias. No entanto, a autorização para o uso integral do material necessário não foi concedida.
A falta de realização do procedimento no prazo recomendado resultou, no dia 4 de agosto, em um novo sangramento no cérebro, que provocou dores de cabeça intensas e sensação de calor na cabeça, sintomas que persistem mesmo com medicação na UTI.
Após a internação, uma nova solicitação foi enviada junto com laudo médico, alertando para a necessidade imediata da embolização, devido ao risco elevado de sequelas e até morte. No entanto, segundo a família, mesmo após a abertura de protocolo, em 11 de agosto, a operadora informa que o caso ainda está “em estudo”, sem previsão para autorização.