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Você pode ter dinheiro a receber e nem sabe: veja como consultar

Contas antigas, tarifas devolvidas e até consórcios encerrados podem guardar valores que pertencem a você. Saiba como consultar e resgatar gratuitamente

Contas antigas, tarifas devolvidas e até consórcios encerrados podem guardar valores que pertencem a você. Saiba como consultar e resgatar gratuitamente
Contas antigas, tarifas devolvidas e até consórcios encerrados podem guardar valores que pertencem a você. Saiba como consultar e resgatar gratuitamente Reprodução

Muitos brasileiros ainda têm dinheiro esquecido em bancos, consórcios e cooperativas de crédito, sem nem imaginar. Segundo dados atualizados pelo Banco Central, mais de 48 milhões de pessoas e empresas têm valores a receber, que podem ser consultados gratuitamente no Sistema de Valores a Receber (SVR).

A plataforma, criada em 2022, foi desenvolvida para permitir que qualquer cidadão ou empresa identifique e recupere valores esquecidos no sistema financeiro. Até o final de maio de 2025, 31,3 milhões de correntistas já haviam feito o resgate — mas a maioria ainda nem consultou seus dados.


Como funciona o Sistema de Valores a Receber?

O SVR é alimentado com informações de bancos, cooperativas de crédito, corretoras e outras instituições financeiras que, por lei, devem comunicar ao Banco Central valores não reclamados por seus clientes.

Entre os valores mais comuns que podem ser recuperados estão:

  • Saldos de contas bancárias encerradas;
  • Tarifas e cobranças indevidas devolvidas pelo banco;
  • Cotas de cooperativas de crédito;
  • Saldos não usados de consórcios encerrados;
  • Recursos de contas de pagamento ou corretoras.

Como saber se você tem valores esquecidos

A consulta é simples e totalmente gratuita:

  1. Acesse o site oficial: valoresareceber.bcb.gov.br
  2. Informe seu CPF (ou CNPJ, no caso de empresas).
  3. Se houver valor disponível, o sistema mostrará a quantia e as instruções para resgate.

📌 Importante: o pagamento é feito, na maioria dos casos, por Pix diretamente na conta indicada.


Novo recurso: solicitação automática de resgate

Desde maio, o SVR oferece a função de resgate automático para pessoas físicas com chave Pix do tipo CPF. Com isso, não é mais necessário consultar o sistema ou registrar a solicitação manualmente: o dinheiro será depositado direto na conta quando for liberado.

Para ativar essa opção, é preciso acessar o site do SVR e autorizar a funcionalidade.


Perfil de quem ainda não sacou

Entre os mais de 48 milhões de beneficiários que ainda não resgataram seus valores, a maioria tem direito a quantias pequenas. Veja o perfil:

  • 62,8% têm direito a valores de até R$ 10;
  • 25% possuem entre R$ 10,01 e R$ 100;
  • 10,2% têm entre R$ 100,01 e R$ 1 mil;
  • Apenas 1,89% têm mais de R$ 1 mil a receber.

Mesmo pequenos valores podem fazer a diferença no orçamento e, por isso, o BC reforça a importância da consulta.


Fique atento a golpes!

O Banco Central alerta: não envie dados pessoais, não clique em links suspeitos e nunca pague qualquer valor para acessar ou liberar os recursos.

🔒 Todos os serviços do SVR são gratuitos e oferecidos apenas pelo site oficial.
📞 O BC não entra em contato por telefone, e-mail ou WhatsApp para tratar de valores a receber.

Se alguém oferecer intermediação para o resgate, desconfie: trata-se de golpe.


Por que consultar agora?

Mesmo que o valor seja pequeno, o processo é simples, seguro e pode ser feito em minutos. Há relatos de brasileiros que recuperaram de R$ 5 a mais de R$ 10 mil.

Além disso, com a nova função automática, você pode garantir que nenhum valor futuro fique para trás.


Para consultar:

🔗 Acesse valoresareceber.bcb.gov.br

📌 Tenha em mãos:

  • CPF ou CNPJ
  • Data de nascimento ou fundação da empresa
  • Chave Pix (para agilizar o resgate, se for o caso)
Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.