
Neste sábado (9), o futebol brasileiro e mundial celebra o que teria sido o 94º aniversário de um dos seus maiores ícones: Mário Jorge Lobo Zagallo, o “Velho Lobo”. Com uma trajetória inesquecível, Zagallo é uma figura central para contar a história da Seleção Brasileira.
Nascido em 9 de agosto de 1931, na cidade de Atalaia, em Alagoas, Zagallo se mudou ainda criança para o Rio de Janeiro com seus pais, Haroldo Cardoso Zagallo e Maria Antonieta de Sousa Lobo. Na capital carioca, revelou seu talento para os esportes, destacando-se no futebol, vôlei e tênis de mesa, especialmente no America, clube pelo qual tinha grande carinho.
Apesar do sucesso nas raquetes, sua verdadeira paixão sempre foi o futebol. Fez sua base no America, mas foi no Flamengo que assinou seu primeiro contrato profissional. Na Gávea, conquistou o tricampeonato carioca entre 1953 e 1955. No entanto, diante da demora do clube em renovar seu contrato, aceitou o convite do Botafogo, onde se consolidou como jogador e viveu momentos marcantes.
Em General Severiano, Zagallo conquistou dois títulos cariocas (1961 e 1962) e dois Torneios Rio-São Paulo (1962 e 1964), mostrando seu talento e versatilidade.
Sua trajetória na Seleção Brasileira é lendária: campeão mundial como jogador em 1958 e 1962, campeão como treinador em 1970, e presença marcante nas finais de 1994 e 1998 como coordenador técnico. Sua habilidade em campo permitiu que o técnico Vicente Feola inovasse com a formação 4-3-3, valorizando sua polivalência ofensiva e defensiva.
Nenhum outro no mundo participou de tantas finais de Copa do Mundo quanto Zagallo, que esteve presente até na edição de 2006, único com tal feito. Em reconhecimento, ganhou uma estátua no Museu da CBF, homenageando sua importância para o futebol.
Além do Flamengo e Botafogo, Zagallo comandou os quatro grandes clubes do Rio, além de passagens por Al Hilal, Bangu e Portuguesa. Também treinou seleções como Kuwait, Arábia Saudita e Emirados Árabes, além da própria Seleção Brasileira.