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Cigarro eletrônico é igual ao tradicional, só muda a roupagem, diz cardiologista

O cigarro eletrônico é o mesmo que o cigarro tradicional, com apenas uma diferença: uma nova roupagem.

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O cigarro eletrônico é o mesmo que o cigarro tradicional, com apenas uma diferença: uma nova roupagem.
O cigarro eletrônico é o mesmo que o cigarro tradicional, com apenas uma diferença: uma nova roupagem.

O cigarro eletrônico é o mesmo que o cigarro tradicional, com apenas uma diferença: uma nova roupagem. A conclusão é do cardiologista Antônio Aurélio de Paiva. Presidente do Congresso de Cardiologia da Rede D’Or, evento que acontece entre os dias 7 e 9 de agosto no Rio de Janeiro, ele afirma que os vapes são tão maléficos quanto os antigos cigarros, mas se diferenciam por atrair um público jovem.
“O Brasil fez uma campanha por décadas de combate ao tabagismo e tornou o cigarro um produto que todo mundo tinha uma certa aversão e, de repente, o cigarro eletrônico ficou popular entre os jovens”, diz, em entrevista coletiva.
Ele foi um dos autores de documento da Sociedade Brasileira de Cardiologia que lista razões pelas quais o Brasil não deve regulamentar os DEFs (dispositivos eletrônicos para fumar).
A recomendação segue a linha de profissionais de saúde de diversas áreas, que apontam que os níveis de nicotina nos DEFs são maiores em comparação ao cigarro tradicional.
“Primeiro que não se sabe o que a pessoa está fumando. Segundo que a pessoa puxa aquilo às vezes 10, 15, 300 vezes no dia. Ela jamais conseguiria fumar esse número de cigarros, e já existe uma associação direta com dependência muito rápida, principalmente entre jovens.”
Os estudos que medem os problemas de saúde causados pelos DEFs ainda estão em andamento. Mas, segundo o médico, já se sabe que, no campo da cardiologia, o cigarro eletrônico causa um aumento da pressão arterial, lesa o endotélio, aumento o risco de AVC e há estudos que mostram também o aumento de risco de infarto.
“Então, a indústria transformou um cigarro que cheirava mal, soltava fumaça, incomodava e as pessoas, colocou isso em um aparelho bacana, cheiroso, discreto, que você carrega para qualquer lugar.”
A entrevista coletiva também teve a presença de Olga Souza, diretora nacional de Cardiologia da Rede D’Or, Denilson Albuquerque, professor do programa de pós-graduação em Ciências Médicas do IDOR e Gabriel Santiago, coordenador nacional de Pneumologia da Rede D’Or.
Segundo os médicos, além de afetar o coração, o cigarro eletrônico causa danos no pulmão, como fibrose pulmonar ou pneumonia.

LUANA LISBOA