Os milionários Flamengo e Palmeiras foram eliminados com justiça nas oitavas de final da Copa do Brasil. Jogaram pouco no mata-mata e acabaram derrotados por Atlético-MG e Corinthians, respectivamente.
No Flamengo, a justificativa do técnico Filipe Luís é que o foco principal da temporada é o Campeonato Brasileiro. Já o Palmeiras, comandado por Abel Ferreira, parece ter sentido mais o golpe — talvez por ter sido eliminado por um rival histórico, e dentro de casa.
Com orçamentos astronômicos e capacidade para contratar sem restrições, clubes como Flamengo e Palmeiras não podem se dar ao luxo de escolher qual campeonato disputar. São elencos caros, numerosos e de qualidade — pelo menos é o que diz a grande mídia sulista, sempre pronta a fazer média com essas torcidas.
Se tudo isso está à disposição, não há desculpa para cair cedo em qualquer competição. O torcedor não compra esse discurso. E mais: numa eventual tropeçada na próxima rodada do Brasileirão, o “Guardiola da Gávea” já começará a ser questionado pela massa. É assim que funciona.
Outro destaque da quarta-feira foi a reação da imprensa do Sudeste, que criticou as vaias da torcida palmeirense dirigidas a Abel Ferreira — o “descobridor do futebol brasileiro”, como ironizam alguns.
Mas o torcedor, que paga ingresso salgado, tem sim o direito de protestar quando o time não joga nada. E é o caso do Verdão, que caiu muito de produção. O time virou previsível, com pouco repertório.
Aos fãs do treinador português: sinto muito, mas na arquibancada, a temperatura é outra.
Voltamos a qualquer momento…