BRASIL VIVO

Bosque Rodrigues Alves inaugura Santuário das Sumaúmas

Iniciativa é fruto de uma parceria com o fotógrafo e ambientalista Mário Barila e o Instituto Amigos da Floresta Amazônica (Asflora).

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O Bosque Rodrigues Alves – Jardim Zoobotânico da Amazônia, conhecido como o “pulmão verde” de Belém do Pará, lançou nesta quarta-feira (6) o Santuário das Sumaúmas. A iniciativa é fruto de uma parceria com o fotógrafo e ambientalista Mário Barila e o Instituto Amigos da Floresta Amazônica (Asflora), e marca um novo capítulo na preservação ambiental na capital paraense.

O projeto teve início com o plantio coletivo de 10 mudas de sumaúmas (Ceiba pentandra), cultivadas a partir das sementes da centenária árvore que existia na Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. A árvore foi retirada em fevereiro de 2023 devido ao avanço de deteriorações naturais.

A ação contou com a participação de 25 alunos de uma escola local, além de voluntários. A sumaúma, nativa das florestas tropicais das Américas, pode atingir até 70 metros de altura e tem papel essencial no equilíbrio do bioma amazônico. Suas raízes profundas ajudam a captar água do lençol freático e, por meio das folhas, a árvore é capaz de liberar mais de mil litros de água por dia na atmosfera. Além disso, sua seiva tem propriedades medicinais — anti-inflamatórias, diuréticas, bactericidas e antifúngicas.

Segundo os organizadores, o santuário reforça a biodiversidade do bosque, que abriga cerca de 10 mil árvores de 300 espécies nativas e 435 animais de 58 espécies, como peixe-boi, jacaré, araras e macacos.

Continuidade do Projeto

A criação do Santuário das Sumaúmas é uma continuidade das ações do Asflora e de Mário Barila iniciadas em 2023, com o cultivo de mudas da sumaúma da Basílica. As plantas são produzidas no viveiro de espécies nativas da Amazônia mantido pelo instituto e viabilizado com recursos do Projeto Água Vida, idealizado por Barila. As fotos captadas por ele são comercializadas para financiar as ações socioambientais.

Em fevereiro deste ano, outras mudas já haviam sido plantadas em diferentes locais do Pará, como o Mangal das Garças, Marituba, Benevides, Santa Isabel e Cotijuba, sempre com participação de estudantes, comunidades ribeirinhas e quilombolas, acompanhadas de ações educativas e doações, como um computador entregue a uma escola local.

Educação ambiental através da fotografia

Durante sua passagem por Belém, Mário Barila também produz novas imagens para o projeto Brasil Vivo, voltado à conscientização ambiental com foco na Amazônia. A iniciativa prevê livro de fotos, exposições e palestras em São Paulo e nos estados da região amazônica, e já foi aprovada pela Lei Rouanet. O projeto busca destacar a importância da floresta tropical e das comunidades que dela dependem para sobreviver.

Além do santuário, Barila já ajudou a reflorestar áreas do Pará com cerca de mil árvores amazônicas ameaçadas de extinção. Ele também financiou a construção de um viveiro de mudas e a perfuração de um poço artesiano para irrigação na Ilha de Cotijuba.

Interessados em apoiar o Brasil Vivo podem entrar em contato com o fotógrafo pelo e-mail: [email protected].

Conheça os parceiros

Projeto Água Vida
Criado por Mário Barila em 2014, a iniciativa promove ações de preservação ambiental e cidadania, com foco na valorização da água como recurso essencial à vida. As atividades são financiadas por meio da venda de fotografias e apoio de parceiros.

Instituto Asflora
O Instituto Amigos da Floresta Amazônica é uma organização sem fins lucrativos que atua na promoção da educação ambiental, reflorestamento e intercâmbio de saberes com foco no desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Saiba mais nas redes sociais:
Facebook: @institutoasflora
Instagram: @asfloraoficial