CARTEIRA ACESSÍVEL

CNH por menos de R$ 1.000? Veja como pode funcionar o novo modelo

De acordo com pesquisas, 54% da população brasileira não possui CNH ou dirige sem habilitação, o que representa mais de 100 milhões de pessoas

De acordo com pesquisas, 54% da população brasileira não possui CNH ou dirige sem habilitação, o que representa mais de 100 milhões de pessoasobter o benefício.  Foto: Lidiana Cuiabano/ Detran MT
De acordo com pesquisas, 54% da população brasileira não possui CNH ou dirige sem habilitação, o que representa mais de 100 milhões de pessoasobter o benefício. Foto: Lidiana Cuiabano/ Detran MT

Tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é o sonho de milhões de brasileiros. No entanto, o alto custo do processo — que pode ultrapassar R$ 3 mil — ainda impede muita gente de dar esse passo.

De acordo com pesquisas, 54% da população brasileira não possui CNH ou dirige sem habilitação, o que representa mais de 100 milhões de pessoas. Dessas, 56% têm intenção de tirar o documento no futuro, mas 32% apontam o preço como a principal barreira.

Para tornar a CNH mais acessível, o Ministério dos Transportes apresentou um novo modelo de formação de condutores, que pode reduzir os custos em até 80% nas categorias A (motocicletas) e B (carros de passeio).


🔎 Entenda ponto a ponto o que muda com a nova proposta:

📥 Como iniciar o processo?

A abertura será feita online, diretamente pelo site da Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito) ou pelo aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT).

🧑‍🏫 As aulas teóricas continuam obrigatórias?

Sim, mas com mais liberdade de escolha. O candidato poderá optar por:

  • Estudar presencialmente em CFCs (autoescolas);
  • Acompanhar aulas a distância (EAD) por empresas credenciadas;
  • Utilizar materiais digitais gratuitos disponibilizados pela própria Senatran.

🚗 E as aulas práticas?

Não haverá mais exigência de uma carga horária mínima (atualmente 20 horas). O candidato poderá:

  • Treinar com CFCs;
  • Ou contratar instrutores autônomos credenciados pelos Detrans.

O importante é ser aprovado nos exames teórico e prático.

🛻 E quem quer tirar CNH nas categorias C, D e E?

O projeto também prevê simplificação para as categorias:

  • C (caminhões)
  • D (ônibus e vans)
  • E (carretas e veículos articulados)

Essas poderão ser obtidas em CFCs ou outras entidades habilitadas, com foco na desburocratização e agilidade do processo.


💸 Como essa proposta barateia a CNH?

A redução de até 80% no custo virá por meio de:

  • Flexibilização das aulas (inclusive digitais);
  • Fim da exigência de carga horária mínima;
  • Maior concorrência entre instrutores e autoescolas;
  • Uso de plataformas digitais que conectam candidatos e instrutores, como aplicativos de mobilidade.

❓A proposta enfraquece as autoescolas?

Não. Os CFCs continuarão atuando e poderão oferecer seus cursos também no formato EAD, além de serviços presenciais, atendendo quem preferir esse modelo.


✅ E a segurança no trânsito?

A proposta mantém a obrigatoriedade dos exames teórico e prático. A formação será mais personalizada, mas a avaliação rigorosa continua. O objetivo é reduzir a informalidade e aumentar o número de motoristas habilitados e preparados.


👥 Quem será beneficiado?

Principalmente as pessoas de baixa renda. Hoje, cerca de 161 milhões de brasileiros estão em idade legal para dirigir, mas grande parte não possui CNH — em muitos casos, por não conseguir pagar o processo atual.


👨‍🏫 Como funcionará o credenciamento de instrutores autônomos?

  • Instrutores deverão ser credenciados pelo Detran de seu estado;
  • A formação poderá ocorrer por meio de cursos digitais;
  • Eles serão identificados no sistema via Carteira Digital de Trânsito, garantindo segurança ao candidato.

📲 O processo será menos burocrático?

Sim. Haverá o uso de tecnologia e plataformas digitais, com funcionalidades como:

  • Agendamento de aulas;
  • Geolocalização dos instrutores;
  • Pagamentos online.

🌍 Outros países já adotam esse modelo?

Sim. O Brasil se inspira em práticas bem-sucedidas de países como:

  • Estados Unidos
  • Canadá
  • Inglaterra
  • Japão
  • Paraguai
  • Uruguai

Esses modelos são mais flexíveis e centrados na autonomia do cidadão.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.