PESQUISA DE OPINIÃO

Datafolha: 55% dos brasileiros aprovam tornozeleira em Bolsonaro

A maioria dos brasileiros aprova o uso de tornozeleira eletrônica colocada no ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

Foto: Divulgação
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A maioria dos brasileiros aprova o uso de tornozeleira eletrônica colocada no ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Levantamento feito pelo Datafolha publicada nesta sexta, 1º, indica que 55% da população aprova a imposição de medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre os que afirmaram concordar com as medidas, 44% dizem apoiá-las totalmente e 11% concordam em parte. O índice de aprovação das sanções de Moraes é o mesmo daqueles que acreditam que o ex-presidente pretendia sair do país antes de ser julgado (55%). Outros 36% disseram acreditar que o ex-presidente não tinha a intenção, enquanto 10% não opinaram.

Entre os 41% contra a determinação, 32% discordam totalmente dela, enquanto 9% discordam em parte. Não opinaram 3%, e 1% respondeu não concordar nem discordar da decisão.

A pesquisa foi realizada entre os dias 29 e 30 de julho e ouviu 2.004 brasileiros com mais de 16 anos, em 130 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Bolsonaro e as Medidas Cautelares

Bolsonaro é alvo de ação penal na Corte por tentativa de golpe de Estado. As medidas cautelares foram determinadas por Moraes após a Polícia Federal apontar que o ex-presidente e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, vêm atuando, ao longo dos últimos meses, junto a autoridades governamentais dos Estados Unidos com o intuito de “obter a imposição de sanções contra agentes públicos do Estado Brasileiro”, em razão de suposta perseguição. A decisão do magistrado foi referendada por maioria da Primeira Turma do STF.

O Datafolha perguntou também sobre a opinião dos brasileiros com relação à medida imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que revogou o visto americano do ministro Alexandre de Moraes. Ao todo, 47% dos entrevistados apoiam a medida, enquanto ela é reprovada por 42%.