O cantor e compositor Nilson Chaves em circulação por cidades do nordeste do Pará, se apresenta nesta sexta-feira, 01, em Augusto Corrêa e neste sábado, 02, em Capitão Poço, sempre às 20h. E no próximo dia 14, ele cumpre agenda de shows no Festival Toca, no Rio de Janeiro, no sudeste brasileiro. O evento premiará o vencedor do concurso com o troféu “Nilson Chaves” dedicado à obra e a história do artista.
O norteador de suas apresentações artísticas é o projeto “Amazônias”, cujo pilar principal é ter orgulho de ser da região amazônica. “É um momento oportuno de fazermos mais reflexões sobre a região amazônica, num aspecto geral, não apenas na questão climática, mas também tratando sobre a identidade, origem, costumes etc. Eu falo oportuno, porque estamos próximo da COP-30 [a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorre em Belém, em novembro] e é bom a gente exercitar mais sobre a questão da Amazônia e no caso aqui vai ser exercitado através da música e da roda de conversa que teremos com as pessoas”, explica Nilson Chaves.
GERAÇÕES
No palco, ocorre uma troca entre Nilson Chaves e artistas da nova geração. “A ideia dessa apresentação é fazer um show acústico em que eu vou ter a oportunidade de tocar de uma forma mais simples, como se estivesse mostrando a forma de compor as canções. E é importante a gente ter a cumplicidade de companheiros da música das cidades, como por exemplo, da Thays Sodré, em São Domingos do Capim. Em Augusto Corrêa, eu vou estar com o Allex Ribeiro, e em Capitão Poço, com Netto Lima”, ressalta o artista.
“Thays é uma amiga querida, uma cantora que está abrindo seu espaço, ganhando a sua forma de ser conhecida através de seu canto; Allex já é meu companheiro e meu parceiro de outras canções, assim como já gravei com o Netto Lima. Ele é um compositor de mão cheia, um ‘cantador’ muito bom, com uma voz maravilhosa. Para mim é maravilhoso tocar com eles e trocar com essa cumplicidade musical no palco”, afirma Nilson Chaves.
A turnê por essas cidades começou a partir de um show que já estava agendado em Capitão Poço, comenta o cantor. “O produtor San Marcelo me sugeriu fazer isso através da Lei Aldir Blanc e eu topei. Ele foi premiado também com a aprovação da Lei e a gente pensou em mais algumas cidades para fazer os shows e chegamos até São Domingos do Capim e Augusto Corrêa, completando as três cidades do interior do Pará”.
FESTIVAL TOCA
O Festival Toca, que acontece no Rio de Janeiro, entre os próximos dias 14 e 17, na Lapa, conta com a participação de diversos artistas da Amazônia, como Gaby Amarantos, Gang do Eletro e Dona Onete, além de Nilson Chaves, que se apresenta no dia 14 de agosto. “Eles vão fazer uma homenagem à minha história e à minha música com o troféu Nilson Chaves, que será o prêmio do vencedor do festival. Haverá, também no dia 14, uma roda de conversa no CCBB [Centro Cultural Banco do Brasil] e no dia 15 eu faço show com a banda em outro espaço de um museu da Praça Mauá”.
Para ele, o troféu é um importante reconhecimento. “Eu fico muito feliz e honrado com o troféu, que é uma iniciativa de uma empresa do Rio de Janeiro, onde eu morei muitos anos e tive uma relação muito forte com a cultura do Rio, artistas e algumas produtoras, como é o caso da Sarau, que está organizando o evento. Acho que o reconhecimento é sempre um prêmio para o artista e estou me considerando sendo premiado por esse momento tão especial, através desse projeto do Festival Toca”.
Nilson antecipa que fará no Toca um show parecido com o que costuma apresentar, embora seja maior. “Vou estar com a banda e vamos ampliar o show que já fazemos no Pará, com a cara da Amazônia. É fundamental que a nossa região esteja em destaque. Tenho falado sobre isso, de considerar que a COP-30 pertence à Amazônia, e o Pará se sente honrado de representá-la para tratar de assuntos importantes da Amazônia. Esse é, para mim, o grande perfil da COP-30. E mais: é fundamental a gente sentir orgulho de ser amazônico”, pondera Nilson Chaves.