No Brasil, a bebida chegou com os colonizadores, mas se popularizou mesmo com a chegada dos imigrantes alemães. A primeira cervejaria foi criada em 1853, em Petrópolis, com o nome de Bohemia. No Pará, a popularização do consumo da cerveja se deu a partir dos anos 1960, com o surgimento da Cervejaria Paraense, a Cerpa, que foi fundada por um imigrante alemão. Hoje, o Brasil está entre os maiores mercados consumidores de cerveja do mundo, com um setor que envolve grandes fabricantes e, nos últimos anos, um crescimento significativo das cervejarias artesanais, como é o caso da Amazon Beer. “Geralmente, tem que ter um bom lúpulo, uma matéria-prima boa, uma água boa… Mas, principalmente, o mestre cervejeiro. Ele conta muito para finalizar a cerveja”, explica o gerente da Amazon Beer Estação das Docas, Edilson Correia.
O Dia Internacional da Cerveja surgiu em 2007, na cidade de Santa Cruz, Califórnia, por iniciativa de um grupo de amigos apaixonados pela bebida. Celebrada na primeira sexta-feira de agosto, a data foi criada com o objetivo de reunir pessoas para apreciar a cerveja e homenagear aqueles que a produzem e servem. Segundo Correia, a data ainda não é muito conhecida no Pará e não deve impactar o movimento já tradicional do estabelecimento. “Acho que o movimento vai ser grande por ser uma sexta-feira e não por ser o Dia da Cerveja. É diferente da época do Oktoberfest, que o público já conhece e aproveita”, avalia.
Apreciadores da Cerveja
Lara Araújo, 22, analista ambiental, diz que a cerveja é hoje sua bebida recreativa preferida. “Depois que a gente cresce, acaba adquirindo um gosto mais refinado. Eu costumava tomar mais destilado, mas com o tempo comecei a apreciar mais a cerveja”, relata. “Comecei a gostar de verdade quando passei a frequentar lugares onde a maioria das pessoas tomava cerveja. Experimentei e gostei. Hoje em dia eu tomo moderadamente, com responsabilidade, mas aprecio muito”, completa.
Suelen Etelvino, 39, coordenadora operacional, diz preferir as cervejas artesanais e mais encorpadas. Ela afirma que o gosto pela bebida é uma herança paterna. “Meu pai era um apreciador. Isso foi passando. A gente aprendeu a beber com ele. Tanto que a primeira vez que quis experimentar foi ele quem me ofereceu”, relata. Para Suelen, o Pará é um local ideal para o consumo. “Pro nosso clima, pra nossa região, uma cerveja gelada no fim do dia ajuda a relaxar. Ajuda a gente a voltar ao corpo depois de um dia tenso de trabalho”, completa.
Lucas Araújo, 28, professor, diz que não é só o ato de beber que torna a experiência especial. “Aprendi a gostar de cerveja com minha família. Sempre fomos degustadores. Acredito que pelos momentos em família, as conversas, as histórias, até mesmo aqui na região das Docas. É um momento em que consigo me conectar com o ambiente, com essa vista maravilhosa da baía, e também pela leveza. A gente consegue se sentir bem. Não é só o hábito de tomar cerveja, tem todo um contexto”, afirma.
Recomendações de consumo
Por ser uma bebida alcoólica, os cervejeiros devem tomar alguns cuidados antes de ingerir a bebida: jamais beber e dirigir independente da quantidade; saber o momento de parar; consumir bastante água enquanto bebe cerveja e depois que parar; e evitar beber em lugares que possam oferecer risco à integridade física, como águas abertas, lugares altos ou próximos a obstáculos.