Ambiente à meia-luz, num lugar confortável, assistindo a um bom filme. Essa é a proposta do Cine Crochê, que ocorre no próximo sábado, 2, em Belém, com sessão única às 10h, no Moviecom Pátio Belém. O evento é direcionado a pessoas que consigam fazer pelo menos alguns processos em crochê, como os pontos baixos e altos. Ao adquirir o ingresso, o participante receberá pipoca, refrigerante, linha, agulha e duas receitas para crochetar enquanto assiste ao filme “Superman”.
O evento faz parte de um movimento que está acontecendo em vários lugares do país e do mundo, a partir de uma tendência da valorização do trabalho manual, explica a empresária e crocheteira paraense Paula Brasil. “O mundo todo está conectado ao artesanato e às manualidades em geral, com trabalhos de pintura, costura, crochê, tricô e bordado, por exemplo. Tudo está em alta agora, tanto na questão de uso terapêutico, para ajudar no tratamento de uma depressão, ansiedade, quanto para ser uma profissão”.
Depois que viu uma oportunidade de fazer o evento em Belém, Paula Brasil não hesitou. “No mundo, já vêm acontecendo esses encontros para fazer artesanato juntos em praças, jardins e outros lugares de maneira coletiva. Em Belém, fazer crochê em lugar aberto é mais difícil, por conta do calor e da chuva, então quando vi a ideia de fazer crochê dentro do cinema, tanto em São Paulo, no Rio e em Florianópolis, eu adorei. Pensei na mesma hora em trazer aqui para Belém”, afirma.
As duas receitas disponibilizadas no Cine Crochê foram desenvolvidas pela crocheteira de Belém, Liliane Melo (@lylymelo), que fez uma bolsa e uma capa de almofada. “Vamos entregar as receitas impressas e a luz será ambientada para que as pessoas consigam acompanhar todo o processo. Será num lugar agradável, com ar-condicionado, vendo um filme e fazendo crochê. Sortearemos brindes, além de levarmos muitas surpresas e outras receitas”, diz Paula Brasil.
Além de Paula (@paulabrasilcroche), outras crocheteiras, parceiras do projeto, como Bea Cardoso (@mana.fio) e Monnica Diniz (@monnica.atelie) estarão presentes no evento, com muitas surpresas. “É muito legal fazer artesanato coletivo. É muito prazeroso e é uma maneira também de me divertir no meu trabalho”, diz Paula.
Há 16 anos, Paula Brasil, que é psicóloga de formação, adquiriu um armarinho. Sem noção de artesanato, Paula apenas administrava o local e uma fornecedora disse que a ensinaria o ponto cruz. Depois dali, ela despertou um interesse enorme pelo crochê.
“Amei fazer. Depois de dois ou três anos, a minha funcionária, Emanuelle Pires, que também é professora, me ensinou a fazer crochê. Aprendi com muita facilidade e isso revolucionou a minha vida, tanto que até a fachada da minha loja nova é de crochê porque eu fiquei completamente apaixonada por tudo: roupa, bolsa, coisas de casa. O artesanato é capaz de mudar a vida das pessoas porque é uma ligação que você cria consigo mesmo”, diz ela, que passou a dar aulas e formou uma comunidade de pessoas interessadas em crochê.