Pedro Iarley, ídolo do Paysandu e campeão mundial pelo Boca Juniors e Internacional, foi duramente criticado após passagem como técnico pelo Santa Cruz-RS, clube que disputa a Série A2 do Campeonato Gaúcho. A eliminação precoce da equipe da zona de classificação às quartas de final rendeu ao ex-jogador críticas públicas do diretor de futebol Guilherme Kirst, que chamou seu trabalho como treinador de “uma bela porcaria”.
Com apenas 15 pontos em 13 jogos, o Santa Cruz terminou fora do G-8. Iarley, contratado em maio, foi demitido no dia 18 de julho. Em entrevista à Rádio Gazeta, de Santa Cruz do Sul, Kirst assumiu o erro na escolha do treinador:
“O Iarley, como jogador bicampeão mundial, merece todos os louros. Mas como treinador, cara, é uma bela porcaria”, disse o dirigente.
Até o momento, Iarley não se manifestou publicamente sobre as declarações.
⚽ Quem é Iarley?
Nascido em Quixeramobim (CE) em 29 de março de 1974, Pedro Iarley Lima Dantas construiu uma carreira respeitada e carismática no futebol sul-americano. Baixinho, habilidoso e decisivo, ganhou destaque nacional ao marcar o gol histórico da vitória do Paysandu sobre o Boca Juniors, em plena La Bombonera, pela Libertadores de 2003.
A atuação chamou a atenção dos argentinos, que o contrataram meses depois. No Boca Juniors, foi campeão da Copa Intercontinental de 2003 sobre o Milan, e também balançou as redes em Superclássico contra o River Plate.
Iarley também brilhou com a camisa do Internacional, onde venceu a Copa Libertadores e o Mundial de Clubes da FIFA, ambos em 2006, sendo um dos líderes técnicos e morais da equipe de Abel Braga.
Além desses, passou por Ferroviário, Ceará, Real Madrid B, Dorados de Sinaloa, Corinthians, Goiás e São Paulo, encerrando a carreira profissional em 2014.
🎯 Nova fase: técnico em construção
Desde a aposentadoria, Iarley vem trilhando o caminho no futebol fora das quatro linhas. Iniciou como coordenador das categorias de base do Internacional e, mais recentemente, passou a atuar como treinador. Em 2025, comandou o São Luiz de Ijuí e, na sequência, foi contratado pelo Santa Cruz-RS — clube que, apesar da tradição no Vale do Rio Pardo, convive com limitações financeiras e instabilidade técnica.
Sua curta passagem, no entanto, foi marcada por fracos resultados e atritos internos, culminando nas críticas públicas de Kirst.