O Santa Cruz, tradicional clube do Vale do Rio Pardo que disputa a Série A2 do Campeonato Gaúcho (segunda divisão), está fora das quartas de final da competição. Após a eliminação precoce, o diretor de futebol Guilherme Kirst fez duras críticas ao trabalho do técnico Pedro Iarley, ídolo histórico do Paysandu e campeão mundial por Internacional e Boca Juniors.
Com apenas 15 pontos somados em 13 partidas (três vitórias, seis empates e quatro derrotas), o clube não tem mais chances matemáticas de avançar. Em entrevista à Rádio Gazeta, de Santa Cruz do Sul, Kirst não poupou palavras ao avaliar a contratação de Iarley, demitido no último dia 18 de julho.
“Acredito que contratamos jogadores, dentro da nossa possibilidade, com qualidade. O trabalho com o Douglas (Rodrigues, técnico anterior) era bom. Não deu certo. Mas aí, acho que tivemos um grande erro. Eu, pelo menos, assumo meu erro: a contratação do Iarley”, afirmou.
“O Iarley, como jogador bicampeão mundial, merece todos os louros. Mas como treinador, cara, é uma bela porcaria”, disparou o dirigente.
Desempenho discreto e segunda passagem pelo clube
Iarley comandou o Santa Cruz por cinco partidas nesta segunda passagem: foram uma vitória, três empates e uma derrota. No ano passado, ele já havia dirigido o time durante o Gauchão da primeira divisão, com um retrospecto ainda mais negativo: quatro derrotas e dois empates em seis jogos.
Com a saída de Iarley, o auxiliar técnico Wagner Fogolari assumiu o comando interino e conseguiu uma vitória por 2 a 0 sobre o Gaúcho, em Passo Fundo, e um empate por 1 a 1 com o Esportivo, em Bento Gonçalves.
Ídolo eterno no Paysandu
Apesar das críticas ao seu desempenho como técnico, Iarley segue sendo uma figura reverenciada no futebol brasileiro, especialmente no Pará. Em 2003, marcou o gol mais emblemático da história do Paysandu, na vitória por 1 a 0 contra o Boca Juniors em plena La Bombonera, na Argentina, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores.