Uma delegação de alunos do Colégio Pitágoras de Barcarena vai representar o Pará na Olimpíada Internacional de Matemática Asiática, que ocorre de 2 a 6 de agosto, em Tóquio, no Japão. Cinco adolescentes do ensino fundamental e médio participam do evento. O embarque deles ocorreu no último sábado, 26. A viagem durou mais de 24 horas. André Poubel, 15, aluno do 1º ano do ensino médio, já é veterano na competição.
Ele ganhou medalha de prata no mesmo evento, no ano passado, em Bangkok, Tailândia. “Desde sempre gostei de matemática, já faz muito tempo. E eu venho estudando aos poucos, olhando algumas provas anteriores e provas de outros lugares para ter uma base do que fazer”, explica.
Marcos Martins, 15, também vai representar o Pará e é a primeira vez dele em uma olimpíada de matemática fora do Brasil. “É a primeira vez que eu vou sair do país, mas eu estou bem animado pro evento. A prova, não vou mentir, eu tô com um pouco de medo porque é um conteúdo bem diferente do conteúdo que a gente vê aqui nas Olimpíadas do Brasil”, afirma.
Maria Eduarda Rodrigues, 12, é a única menina classificada para o certame e diz que a matemática não é a maior dificuldade da competição estrangeira. “Eu acho que é a linguagem, que é inglês. Muitas palavras a gente desconhece do nosso vocabulário, como relacionado à matemática, que a gente nem estuda na matéria inglês ainda. Então eu acho isso muito complicado”, relata.
O chefe da delegação é o professor Paulo Nunes, diretor-geral do Colégio Pitágoras. “Essas Olimpíadas ajudam muitas escolas a desenvolver programas específicos, como foi o nosso caso, para que os alunos passem a ver a matemática com outro olhar, com outro enfoque. Não da coisa complicada, mas da coisa divertida”, avalia.
Segundo ele, a adesão da escola às olimpíadas de ensino é importante e foi importante para criar um ecossistema de incentivo à educação interativa.
“Acabou acontecendo um efeito cascata, inclusive no município. Outras escolas acabaram também desenvolvendo programas olímpicos e todo mundo começou a ter uma melhoria numa nota de forma geral. E você sabe que alunos do ensino fundamental, alunos da educação básica bem formados, geram alunos da educação superior bem formados”, completa Paulo.
A lista de alunos classificados
André Poubel – 15 anos (1º ano/médio)
Marcos Martins – 15 anos (1º ano/médio)
Maria Eduarda Rodrigues – 12 anos (7º ano/fundamental)
Davi Fornazieiro – 13 anos (7º ano/fundamental)
João Pedro Abinader – 12 anos (7º ano/fundamental)