Rápida, intensa e muitas vezes silenciosa, a anafilaxia é uma reação alérgica que pode levar à morte se não for tratada imediatamente. Este ano, a World Allergy Organization (WAO) realizou a Semana Mundial da Alergia com o tema “Anafilaxia: reconhecer e agir a tempo salva vidas”. O objetivo foi conscientizar sobre as doenças alérgicas e seus riscos. Causada por substâncias que podem levar a reações sérias, a condição exige atenção médica urgente e conhecimento prévio para que os primeiros socorros sejam aplicados sem demora.
De acordo com a alergista e imunologista, Dra. Vanessa Pereira, a anafilaxia é uma reação alérgica grave e potencialmente fatal que ocorre frente a um alérgeno, uma substância que provoca uma reação alérgica em certos indivíduos, acometendo até quatro sistemas do corpo humano simultaneamente. É uma reação repentina causada pela exposição ou contato com alimentos, picadas de insetos, como mosquitos, marimbondos e vespas; ingestão de medicamentos, podendo até estar relacionada a causas idiopáticas, ou seja, sem causa conhecida.
Os sintomas estão relacionados a indicativos clássicos de uma reação alérgica, variando de leves a mais graves. De forma geral, incluem “urticária, que são placas vermelhas pelo corpo, tosse, cansaço, falta de ar, tontura, vômitos ou dores abdominais de início abrupto e rápido depois do contato com o alérgeno”, lista a alergista.
Segundo a médica, o tratamento da anafilaxia “consiste no suporte imediato de uma medicação que chamamos de adrenalina. Essa medicação é a única responsável por salvar a vida do paciente perante o choque anafilático”, esclarece a Dra. Vanessa Pereira.
CUIDADOS
Por ser uma reação potencialmente fatal, a anafilaxia exige alguns cuidados, principalmente voltados a pacientes que têm histórico alérgico. “Diante de uma primeira reação anafilática, a primeira coisa a ser feita é identificar o agente causador. A partir da identificação, fazemos um plano de ação, um documento por escrito contendo todas as informações do que o paciente ou o familiar deve fazer diante de uma nova reação alérgica. Para quem nunca teve uma reação alérgica, nós não temos como prever o que vai acontecer ou não. Em caso de reação anafilática, a pessoa precisa ser atendida pela urgência médica e correr para o hospital”, alerta.