O atacante paraense Rony não deve mais vestir a camisa do Atlético. O jogador comunicou nesta terça-feira (22) que está de saída do clube e já se despediu dos colegas na Cidade do Galo. A decisão foi informada diretamente ao técnico Cuca e motivada por atrasos no pagamento de obrigações contratuais.
Contratado por cerca de 6 milhões de euros (aproximadamente R$ 40 milhões), Rony entrou com pedido de rescisão unilateral de contrato, alegando atrasos superiores a dois meses no depósito do FGTS, além de luvas e direito de imagem.
Atualmente, segundo apurado, os salários e o FGTS foram regularizados, mas ainda há pendências com parte das luvas e imagem, cujo vencimento foi no último dia 20 de julho. A solicitação se baseia no artigo 90, §1º, da Lei Geral do Esporte, que permite a rescisão indireta em caso de inadimplência por dois meses ou mais em compromissos contratuais.
Caso a Justiça aceite o pedido, Rony ficará livre para assinar com qualquer clube, no Brasil ou no exterior, e ainda poderá cobrar a cláusula compensatória e os valores pendentes.
No entanto, a jurisprudência costuma ser rígida nesse tipo de ação. A Justiça tem entendido que atrasos antigos, mesmo que superiores a dois meses, não justificam rescisão se já foram quitados.
Enquanto a situação não se resolve, Rony não se reapresentará ao elenco e está fora do jogo contra o Bucaramanga, pela Copa Sul-Americana.
Procurado, o Atlético afirmou que ainda não foi notificado oficialmente sobre a decisão do jogador. Já o empresário de Rony, Hércules Júnior, evitou comentar detalhes e limitou-se a dizer:
“Vamos deixar a Justiça fazer o seu trabalho.”
Com informações da Rede 98.