A cantora Preta Gil faleceu neste domingo (20), aos 50 anos, em Nova York, nos Estados Unidos. Preta, que enfrentava um câncer colorretal desde janeiro de 2023, teve o quadro agravado nos últimos dias e não resistiu durante o trajeto para o aeroporto, onde embarcaria em uma UTI aérea de volta ao Brasil.
Segundo as informações, a artista começou a passar mal dentro da ambulância a caminho do aeroporto e faleceu antes de conseguir retornar ao país. Ela estava internada no South Shore University Hospital, em Long Island.
A família está em Nova York providenciando o translado do corpo. A produtora Flora Gil, esposa de Gilberto Gil, e Francisco Gil, filho de Preta, acompanham os trâmites burocráticos nos Estados Unidos.
Em nota publicada nesta segunda-feira (21) nos perfis oficiais de Gilberto Gil e de Preta Gil, a família informou que o velório será realizado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A cerimônia será aberta ao público, familiares e amigos. “Assim que houver definição sobre data, horário e local, divulgaremos por aqui. Agradecemos, mais uma vez, todo o carinho, respeito e compreensão de todos”, diz o comunicado.
Uma luta pública contra o câncer
Preta Gil foi diagnosticada com câncer colorretal em janeiro de 2023 e compartilhou abertamente sua jornada de tratamento com o público. Em agosto do mesmo ano, ela chegou a ser considerada curada, mas a doença voltou de forma agressiva e se espalhou para outros órgãos em 2024.
Em dezembro do ano passado, a artista foi submetida a uma cirurgia de mais de 21 horas, que resultou na retirada de pelo menos cinco tumores. Ela recebeu alta em fevereiro de 2025, mas o quadro se manteve delicado. Sem novas possibilidades de tratamento no Brasil, Preta viajou aos Estados Unidos em busca de cuidados paliativos e acompanhamento médico especializado.
Com o agravamento do estado de saúde, foi planejado seu retorno ao Brasil em uma UTI aérea. No entanto, a artista não resistiu antes de embarcar.
Preta Gil deixa um legado na música brasileira e na luta pela saúde pública, tendo se tornado uma voz ativa sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer e do acesso igualitário ao tratamento.