
Sol, vento e a Baía do Guajará, enquanto o cheiro de peixe frito, camarão e açaí faziam do Ver-o-Peso, no bairro da Campina, na tarde deste sábado (19), um dos locais mais procurados para curtir o terceiro final de semana de julho em Belém. Na área dos boxes e restaurantes à beira-rio, o cenário era de mesas cheias, cerveja gelada e conversas animadas.
Foi justamente esse clima que atraiu a recepcionista Aldaiza Alves, de 48 anos, e sua família. Diretamente do bairro da Guanabara, em Ananindeua, ela aproveitava as férias da irmã, Telma Teixeira, que mora no Maranhão há 15 anos, para curtir o espaço.
“Sempre que a gente pode, a gente vem aqui. Eu gosto mais de vir na sexta-feira, mas hoje a gente veio por causa da Telma. E sempre, sempre é lotado aqui. Eu gosto disso. A gente vem tomar uma cervejinha e vem ficar perto do mar, do rio, pegar esse ventinho gostoso da tarde. Perfeito”, compartilhou Aldaiza. Para Telma, 63, o reencontro com Belém está ligado à conexão afetiva com o espaço. “Sempre que venho a Belém, frequento o Ver-o-Peso. Aqui me reconecto com as minhas raízes”.
O ambiente familiar também foi o que motivou a visita do empresário André Athaide, 29. Acompanhado da esposa, filha, dos sogros e demais familiares, visitantes do interior do Ceará, fez do sábado o momento de apresentar a tradicional gastronomia paraense. “Na verdade, o Ver-o-Peso faz parte do nosso cotidiano, da nossa cultura. Quando a gente fala de Belém e do Pará, já remete logo ao Ver-o-Peso, o mercado, o carimbó que está tocando aqui, a culinária. Eles tinham muita vontade de conhecer”, destacou André.
Entre os acompanhantes, Mire Viana, 41, funcionária pública, a experiência estava sendo intensa – no melhor sentido. “Está sendo assim, bem surreal. A animação do pessoal, o acolhimento, a culinária… Gostei do sorvete de açaí com tapioca, e da maniçoba também; foi o que eu mais gostei”, contou a cearense.
Entre os frequentadores mais assíduos, Luis Augusto, de 49 anos, auxiliar de serviços gerais, afirma que o espaço é parada obrigatória nos fins de semana. Morador do bairro do Marex, ele destaca a diversidade do público e o ambiente leve como principais atrativos. “Aqui você encontra gente de tudo quanto é lugar. É um ambiente bom. A pessoa vem, senta, bebe, fica numa boa. É muito gostoso aqui, eu gosto daqui”, disse, logo após almoçar um bom peixe frito.