A polícia da Tailândia prendeu nesta semana Wilawan Emsawat, de 35 anos, também conhecida pelo codinome Sika Golf, acusada de estar no centro de um esquema de sedução, chantagem e extorsão que envolvia monges budistas de alto escalão em diversas províncias do país.
Segundo as autoridades, Wilawan teria gravado relações sexuais com pelo menos nove abades e monges influentes, usando os registros para exigir grandes quantias de dinheiro. Após análise de seus dispositivos eletrônicos, a polícia encontrou mais de 80 mil fotos e vídeos explícitos.
📌 Os principais pontos do caso:
- Wilawan recebia dinheiro dos monges em troca do silêncio ou com falsas promessas — como alegações de gravidez.
- Uma das vítimas, um abade famoso de Bangcoc, abandonou o monastério após sofrer chantagem da mulher, que teria exigido 7,2 milhões de baht (R$ 1,2 milhão).
- Em três anos, a acusada movimentou cerca de 385 milhões de baht (R$ 65 milhões) em suas contas bancárias, grande parte gasta em apostas on-line.
- A suspeita vivia uma rotina de luxo financiada por extorsão, alugando mansão, comprando carro de luxo e ostentando alto padrão.
🚨 Crimes investigados:
- Extorsão
- Lavagem de dinheiro
- Receptação de bens roubados
O caso gerou forte comoção na Tailândia, onde a tradição budista e a reverência aos monges é um valor cultural profundo. A investigação segue em andamento, e outras vítimas e cúmplices podem ser identificados nos próximos dias.
🔎 Contexto:
O escândalo expõe fragilidades no sistema religioso tailandês, e reacende o debate sobre ética, poder e corrupção no clero budista, um tema sensível em vários países do Sudeste Asiático.