O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu à operação da Polícia Federal realizada nesta sexta-feira (19), que determinou o uso de tornozeleira eletrônica e o recolhimento de seu passaporte. Em declaração à imprensa, Bolsonaro classificou a ação como uma “suprema humilhação”.
Durante a operação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agentes apreenderam dinheiro em espécie e um pendrive no endereço do ex-presidente. Bolsonaro afirmou que o valor retido, cerca de R$ 19 mil, seria usado para despesas pessoais em viagens e alimentação. Ele também alegou que o pendrive continha apenas “discursos e vídeos antigos”.
“Se quiserem me tornar inelegível, está tudo bem. Agora, essa operação, essa exposição… é uma suprema humilhação”, disse Bolsonaro, em frente à sede do PL em Brasília.
A nova fase da operação Tempus Veritatis investiga a suposta tentativa de golpe de Estado para reverter o resultado das eleições de 2022. Além de Bolsonaro, militares e ex-integrantes do governo também são alvos da ação.
Moraes impõe novas restrições a Bolsonaro após operação da PF
A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou uma série de medidas restritivas contra Bolsonaro. A PF suspeita que ele estaria tentando interferir no processo que investiga uma tentativa de golpe de Estado e, possivelmente, buscando asilo político nos Estados Unidos.
Medidas impostas por Moraes:
- Uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, com monitoramento 24h
- Proibição de acessar ou usar redes sociais
- Recolhimento domiciliar noturno, entre 19h e 7h
- Proibição de contato com embaixadores e diplomatas estrangeiros
- Proibição de se comunicar com aliados, incluindo o deputado Eduardo Bolsonaro
- Apreensão de celular e dispositivos eletrônicos
As medidas visam impedir qualquer articulação que possa dificultar o andamento das investigações.