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Paysandu em Belém: 'Faltou lutar mais pela vitória', analisa Gerson Nogueira

O jogo não foi como a torcida queria, mas o fato é que o empate entre PSC e Atlético-GO, sábado à noite, na Curuzu, não foi um resultado totalmente ruim

O jogo não foi como a torcida queria, mas o fato é que o empate entre PSC e Atlético-GO, sábado à noite, na Curuzu, não foi um resultado totalmente ruim
O jogo não foi como a torcida queria, mas o fato é que o empate entre PSC e Atlético-GO, sábado à noite, na Curuzu, não foi um resultado totalmente ruim Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu

O jogo não foi como a torcida queria, mas o fato é que o empate entre PSC e Atlético-GO, sábado à noite, na Curuzu, não foi um resultado totalmente ruim para os bicolores. Mostrou capacidade de reação, manteve a invencibilidade sob o comando de Claudinei Oliveira e se aproximou um pouco mais da porta de saída do Z4.

É claro que as circunstâncias da partida frustraram a torcida (13 mil pessoas) presente à Curuzu. O PSC custou a se lançar ao ataque. Só fez isso, de forma constante, depois de sofrer o gol de Marcelinho, que contou com a colaboração do goleiro Gabriel Mesquita.

Quando resolveu cercar a área do Atlético, o PSC levou sempre perigo. Teve duas chegadas perigosas com Garcez e chegou ao gol de empate por mérito de Rossi, que apareceu no meio dos zagueiros para desviar no canto direito da trave, após um arremesso lateral vindo da direita.

Todo esse esforço para chegar ao gol poderia ter começado antes, caso a equipe não tivesse aceitado a pressão imposta pelo Atlético nos 20 minutos iniciais. Faltou mais arrojo e postura firme para sair em busca da vitória.

Aí o time voltou a aceitar a presença do Atlético em seu campo, levando à falha que permitiu o pênalti e o desempate. É inaceitável que um jogador de marcação resolva se agarrar com um atacante dentro da área. Qualquer peladeiro sabe que, nessas situações, o atacante levará sempre a melhor.

Foi o que aconteceu. Leandro Vilela, de histórico conhecido quanto a ações precipitadas, desistiu de disputar a bola e acabou aplicando um ippon no atacante atleticano, afinal imobilizado. O VAR titubeou no início, mas as imagens confirmaram a infração desnecessária – dois zagueiros iriam dar combate e impedir o eventual avanço do atacante.  

Na etapa final, com várias alterações na equipe e atitude mais agressiva, o Papão acabou premiado logo de cara. Cruzamento na área, a zaga deu rebote e Anderson Leite chegou chapando no canto esquerdo da trave.

Ao longo dos 45 minutos seguintes, os times abusaram dos erros, cadenciaram o jogo e o PSC perdeu o ímpeto que levou ao empate. O time de Claudinei arriscou poucas investidas em direção ao gol, o que deu a nítida impressão de acomodação com o placar.

Leão atua mal, mas arranca empate

O Remo pulou uma fogueira na Arena Condá, ontem. Na pior atuação sob o comando do técnico Antônio Oliveira, o time teve um 1º tempo de muitos erros, aceitando o domínio da Chapecoense, mas Marcelo Rangel fez três defesas que garantiram o 0 a 0. Logo na saída para o 2º tempo, um cochilo geral da zaga resultou no gol da Chape, marcado por Rafael Carvalheira.

Nem a expulsão de Bruno Matias, aos 23 minutos, fez o Leão exercer pleno domínio. As entradas de Pavani e Régis fizeram a equipe melhorar na troca de passes, mas continuou a ter sérios problemas na cobertura defensiva, principalmente depois que Klaus saiu lesionado.

Cantillo custou a entrar no lugar de Pedro Castro, que voltou a ser lento e dispersivo. Com o experiente volante em campo, o Remo ganhou força nas saídas para o ataque, com boas participações de Régis, sempre vertical em lances junto à área adversária.

O gol de empate, marcado por Luan Martins, nasceu da pressão exercida pelo Remo no final da partida, mas também de um erro primário de marcação do setor defensivo da Chape, incluindo o goleiro Léo Vieira.

Curiosamente, mesmo com dois homens a mais nos instantes finais (Mancha saiu contundido e não podia mais ser substituído), o Remo correu perigo de tomar o segundo gol. A insegurança defensiva foi um dos pontos negativos da atuação da equipe.

É preciso enfatizar que o resultado final foi positivo, pois o Remo chegou aos 25 pontos e ultrapassou o Avaí, assumindo a 4ª colocação.

Chelsea surpreende PSG e assombra o mundo

Com um esquema fechado, mas com imensa mobilidade nas escapadas, o Chelsea surpreendeu o PSG e assombrou o mundo na grande decisão da I Copa do Mundo de Clubes, ontem. Ao aplicar um categórico 3 a 0 no 1º tempo, o time inglês fez os franceses provarem do próprio veneno.

A postura altiva de Palmer, João Pedro e Neto desarmaram as sólidas pilastras táticas do PSG, que não conseguiu fazer aquela infernal troca de passes em velocidade que desnorteou Bayern, Atlético e Real Madrid.

Quando os gols aconteceram, pelos pés de Palmer e João Pedro, o mundo do futebol se entreolhava, perplexo. E até os 20 minutos do 2º tempo ainda havia a expectativa de uma reação do PSG. Não veio e o futebol enterrou mais um favoritismo de véspera.

A final também mostrou duas situações distintas em relação à Seleção Brasileira. João Pedro, que nem era titular do Chelsea e chegou em meio à Copa, brilhou intensamente, inclusive marcando gol na decisão.

Por outro lado, Lucas Beraldo, queridinho da mídia paulistana, foi o responsável direto por dois gols e falhou feio no final, quase permitindo o 4 a 0. Ancelotti estava lá, vendo tudo de perto.

Beraldo foi um verdadeiro desastre, só inferior em simbolismo à vergonhosa agressão de Luis Enrique a João Pedro após o apito final. Um comandante não pode jamais agir com tamanho desequilíbrio.