ECONOMIA

Moradores do Norte estão menos otimistas para o segundo semestre

Inflação e custo de vida ainda afetam a confiança das famílias na região, segundo levantamento da Febraban.

Inflação e custo de vida ainda afetam a confiança das famílias na região, segundo levantamento da Febraban.
Inflação e custo de vida ainda afetam a confiança das famílias na região, segundo levantamento da Febraban.

Pará - Apesar de a maioria da população nortista seguir otimista em relação ao futuro, a confiança para o segundo semestre caiu na região Norte do país. É o que revela a nova edição da pesquisa Radar Febraban, realizada entre 12 e 20 de junho de 2025 pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe).

Segundo o levantamento, a expectativa de melhora na vida familiar caiu de 78% em março para 74% em junho entre os moradores da região. Mesmo com o recuo, o Norte segue sendo a região mais otimista do país, à frente do Nordeste (66%), Sudeste (61%), Centro-Oeste (60%) e Sul (57%).

A inflação continua sendo um ponto de preocupação. A percepção de que os preços estão em alta caiu de 96% para 79% no Norte entre março e junho, mas três em cada quatro pessoas ainda sentem o impacto direto no orçamento doméstico, principalmente na compra de alimentos e itens de abastecimento.

Outros gastos que mais afetam o bolso da população nortista são os combustíveis (32%) e os medicamentos e serviços de saúde (27%).

Para o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do conselho científico do Ipespe, o ambiente econômico ainda pressiona o humor da população. “Tivemos aumento da taxa básica de juros para 15%, descontos indevidos nas contas dos aposentados, crédito mais caro, além da alta na energia elétrica e nos custos de habitação”, apontou.

A pesquisa Radar Febraban é realizada trimestralmente e mapeia a percepção da população sobre economia, qualidade de vida e prioridades do país.