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Com reservatórios em alerta, ONS volta a pedir horário de verão

Segundo o ONS, o horário de verão faz parte de um conjunto de medidas para mitigar possíveis déficits (falta) de energia no momento de maior consumo de eletricidade.

Diante do crescente risco de faltar energia, entidade reforça que medida é de baixo custo, tem apoio popular e traz benefícios energéticos, econômicos e sociais
Diante do crescente risco de faltar energia, entidade reforça que medida é de baixo custo, tem apoio popular e traz benefícios energéticos, econômicos e sociais

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou, na última reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), a adoção do horário de verão no fim deste ano. A medida – quando os relógios são adiantados em uma hora, geralmente entre outubro e fevereiro – está suspensa desde 2019.

Segundo o ONS, o horário de verão faz parte de um conjunto de medidas para mitigar possíveis déficits (falta) de energia no momento de maior consumo de eletricidade no período seco – entre março e abril, podendo se estender até novembro -, quando o baixo volume de chuvas afeta o nível dos reservatórios. Em 2024, o ONS recomendou a volta do horário de verão, mas a decisão foi vetada pelo governo.

Em nota, o ONS destacou que a adoção de novo horário “é decisão política do governo”. Porém, lembrou que, a depender das projeções para os próximos meses, a adoção do horário de verão pode, eventualmente, ser recomendada ao CMSE como imprescindível.

Medidas Adicionais Sugeridas pelo ONS

O ONS sugeriu medidas adicionais, como a antecipação da entrada em operação de térmicas contratadas no leilão de reserva de capacidade de 2021, previstas para começar em 2026. A expectativa é que a ação possa suprir a demanda com 2 GW a partir de agosto. Há outras ações sugeridas, como a preservação dos recursos hídricos para atravessar o período seco e a necessidade de conclusão de quatro linhas de transmissão com previsão de entrega em 2025.

Márcio Rea, diretor-geral do ONS, diz que é preciso cada vez mais flexibilidade no sistema, com fontes como hidrelétricas e térmicas. Ele cita a necessidade de preparar o sistema para elevados montantes de despacho termelétrico no segundo semestre, principalmente a partir de outubro:

– Precisamos de fontes controláveis, que atendam de forma rápida para termos equilíbrio entre oferta e demanda de energia, especialmente nos horários em que temos as rampas de carga. Isso é fundamental para garantir a segurança e a estabilidade do sistema.