
Os municípios do Pará receberam reforço de 212 profissionais do Programa Mais Médicos. Nesta nova etapa anunciada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a prioridade foi dada à ampliação da cobertura da atenção primária em regiões de maior vulnerabilidade social.
Do total de médicos que chegam ao Pará, 13 foram alocados para atuar nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), sendo quatro em Altamira, sete no Guamá-Tocantins, um no Kaiapó do Pará e um no Tapajós, que atendem populações indígenas em áreas de difícil acesso. Os demais profissionais reforçarão as equipes de Saúde da Família nos municípios paraenses.
Foram selecionados para atender às populações vulneráveis em todas as regiões do país, 3.173 médicos para atuar em 1.618 municípios e 26 DSEIs. O número de médicos inscritos no novo chamamento bateu recorde, com mais de 45 mil candidatos.
Desde o dia 2 de julho, esses profissionais começaram a chegar aos seus locais de trabalho. Foram selecionados médicos formados no Brasil com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM).
Os profissionais que compõem o Mais Médicos estão diretamente ligados ao fortalecimento da Atenção Primária à Saúde e ao atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS). A atuação integrada desses profissionais, pelo prontuário eletrônico e os fluxos que vão reduzir o tempo de espera do paciente, facilitará o acesso à média e alta complexidade para todos os cidadãos.
“São mais de 3 mil profissionais que iniciam suas atividades dentro do Mais Médicos, qualificando o atendimento na atenção primária e reduzindo o tempo de espera. Além disso, o programa também investe na formação e qualificação desses profissionais, proporcionando oportunidades de especialização em Medicina de Família e Comunidade e mestrado profissional em Saúde da Família”, explica o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Felipe Proenço.
Proporção de Médicos e a Vulnerabilidade Social
A oferta das vagas do programa considerou o cenário atual de distribuição de profissionais no país, segundo o levantamento Demografia Médica 2025, realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e Associação Médica Brasileira (AMB). O estudo mostra a proporção de médicos por habitante nas diferentes regiões do país.
A região Norte é a de maior vulnerabilidade com 1,70 médicos por 1.000 habitantes. A proporção no Pará é a segunda mais baixa do país, com 1,37 médicos por mil habitantes. Maranhão é a menor, com 1,27. Para se ter uma ideia da desigualdade, a região Sudeste é a que tem a maior proporcionalidade, com 3,77 médicos por grupo de mil habitantes. O Distrito Federal tem de longe a maior proporção entre as unidades da Federação, com 6,28 a cada mil pessoas.
Atuam em todo o estado do Pará, 11.865 profissionais médicos para atender a uma população de 8.664.306 milhões de habitantes. No Distrito Federal são 18.729 mil médicos para atender a 2.982.818 milhões de pessoas.
Prioridade para regiões de maior vulnerabilidade social
A prioridade do último edital para convocação publicado pelo governo federal Mais Médicos é atender aquelas regiões de maior vulnerabilidade social e com menor número de profissionais. As vagas do edital contemplaram, em sua maioria, regiões vulneráveis de municípios de pequeno porte (75,1%), médio porte (11,1%) e grande porte (13,8%).
O Programa Mais Médicos garante assistência a mais de 63 milhões de brasileiros em todo o país. Com a meta de alcançar 28 mil profissionais, atualmente conta com cerca de 24,7 mil médicos atuando em 4,2 mil municípios – o que representa 94% do território nacional coberto pelo programa.
Já os médicos brasileiros formados no exterior irão participar, a partir de 4 de agosto, do Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), um treinamento específico para atuação em situações de urgência, emergência e no enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões de trabalho.