CONCURSO

CPNU2 adota estratégia para garantir maior presença feminina

De acordo com a ministra, além da questão da diversidade, o CNPU2 está atento à questão das mulheres.

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De acordo com a ministra, além da questão da diversidade, o CNPU2 está atento à questão das mulheres.
De acordo com a ministra, além da questão da diversidade, o CNPU2 está atento à questão das mulheres. FOTO: Alberto Bitar

Para tentar equilibrar o número de aprovados entre homens e mulheres, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, responsável pela realização do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), traçou uma estratégia para que mais mulheres  inscritas e aprovadas na primeira fase do certame, tenham a oportunidade de entrarem para o serviço público federal. Em entrevista ao programa “Bom Dia Ministra”, Esther Dweck, responsável pela pasta, reforçou que continua valendo, ao final da apuração, a nota total obtida no concurso – independente de gênero, mas que, mais mulheres podem ser chamadas nessa 2ª etapa.

De acordo com a ministra, além da questão da diversidade, o CNPU2 está atento à questão das mulheres. “Elas são muitas vezes a maioria dos inscritos ou próximo da maioria dos inscritos, mas o percentual de aprovação acaba caindo”, lembrou a ministra. “Estudamos todos os resultados para promover o aperfeiçoamento. No caso do CNPU1, foram 54% das que fizeram a prova e menos de 40% aprovadas no final. Verificamos que foi principalmente na passagem da primeira fase para a segunda que o percentual de mulheres havia caído”, detalhou.

“A equiparação é uma novidade. Como é que funciona? Vamos ter a primeira fase quando todos (os inscritos) vão fazer a prova objetiva, no dia 5 de outubro. Para a segunda fase, que será em dezembro, vamos chamar nove vezes o número de vagas para cada especialidade e para cada modalidade – ampla concorrência, reserva de vagas, etc. Se as mulheres não forem no mínimo metade das pessoas que passam para a segunda fase, então vamos chamar mulheres para completar o número de chamados, e elas estarão na mesma quantidade que homens em todas as especialidades, em todas as modalidades”, detalhou a ministra.

Esther Dweck, entretanto, ressaltou que, no caso das mulheres, não existe reserva de vagas. Serão aprovados os candidatos com as melhores notas, independentemente do gênero. “No final, vai passar quem tiver as maiores notas somadas. Vale a nota final, que inclui a nota que estiver na prova objetiva, a nota na prova discursiva e naquelas vagas em que exigem também a nota de títulos. Essa nota final vai ser o ranqueamento. Portanto, todos os homens que passarem na primeira fase vão continuar concorrendo e vai valer no final quem tiver a maior nota. Não é reserva de vagas, continua valendo a maior nota”, esclareceu.

Concurso Público Nacional Unificado: Vagas e Distribuição

Ao todo, o concurso oferece 3.652 vagas para 32 órgãos da Administração Pública Federal, organizados em nove blocos temáticos, sendo 123 delas destinadas ao preenchimento de vagas no Estado do Pará, em diversos órgãos da administração. Do total geral, 3.144 são vagas de nível superior e 508 de nível intermediário.

LEI DE COTAS

Um ponto importante do CPNU2 diz respeito à Lei de Cotas, cuja nova lei foi aprovada pelo Congresso Nacional. “Nessa edição estamos podendo aplicar a nova Lei de Cotas. No ano passado, a lei de cotas anterior venceu e fizemos um debate no Congresso,  apoiado pelo Ministério da Igualdade Racial e pelo Ministério dos Povos Indígenas, para que pudéssemos ter uma atualização da Lei de Cotas. E ela trouxe uma novidade: a ampliação do percentual de reserva de vagas, que antes era de 20% e passou para 30%”, explicou.

Inclusão e Diversidade no Serviço Público

A ministra lembrou ainda, que nesta edição foram adicionadas cotas específicas para quilombolas e indígenas. Para Esther Dweck, a reserva é um diferencial marcante da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado. “Pela primeira vez temos um concurso com reserva de vagas para indígenas e quilombolas, além do que já havia antes, com reservas para pessoas com deficiência e pessoas negras. Neste ano, a quantidade de pessoas com deficiência se mantém em 5%. Essa é uma regra já muito antiga no serviço público brasileiro. Para pessoas negras mudou de 20% para 25%. E os outros 5% são divididos em 3% para indígenas e 2% para quilombolas. Então vamos ter uma ampliação dessa reserva de vagas para realmente conseguir garantir uma maior diversidade de serviço público”, frisou.

Prazo e Local de Inscrição para o CPNU2

O prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição no CPNU2 termina nesta terça-feira (8). Candidatas e candidatos têm até às 23h59 (horário de Brasília) para acessar o sistema oficial de inscrição e enviar a solicitação, de forma gratuita e online, por meio da página de inscrição no CPNU2. A prova objetiva será aplicada no dia 5 de outubro e a prova discursiva será no dia 7 de dezembro. As provas serão aplicadas em 228 cidades, em todos os estados e no Distrito Federal.