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Camisas, streamings e YouTube: como o Norte consome futebol

Apenas 21% dos torcedores do Norte admitem o fanatismo por seu time de coração, mas o consumo relacionado com o futebol é cada vez maior

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Apenas 21% dos torcedores do Norte admitem o fanatismo por seu time de coração, mas o consumo relacionado com o futebol é cada vez maior
Apenas 21% dos torcedores do Norte admitem o fanatismo por seu time de coração, mas o consumo relacionado com o futebol é cada vez maiorl - Foto: Jorge Luis Totti/PSC

Apenas 21% dos torcedores do Norte admitem o fanatismo por seu time de coração, mas o consumo relacionado com o futebol é cada vez maior e já atinge a marca de 65% da população, como revela estudo realizado pela primeira vez pela Serasa.

A pesquisa “Gastos com Futebol”, que ouviu 2.940 pessoas de todas as regiões do país, mostra como o esporte impacta uma fatia do orçamento familiar e influencia o comportamento financeiro dos torcedores.

Entre os principais gastos, as camisas de times continuam com larga vantagem de 61%, seguida bem abaixo por outros produtos licenciados (26,7%), ingressos para assistir aos jogos (24,7%) e streamings ou pay-per-view (20,5%).

As despesas, porém, parecem cada vez mais periféricas aos estádios, pois 58% dos nortistas acreditam que os eventos de futebol não são mais acessíveis ao público geral. Não por acaso, os ingressos para jogos aparecem em terceiro na lista, com apenas 24,7% na lista de gastos, mostrando não ser uma prioridade.

Um outro questionamento da pesquisa confirma o distanciamento. Quando perguntados sobre como assistem aos jogos, apenas 20,8% indicaram o estádio como palco. A preferência é de TV aberta (72%) e TV fechada (40%), e chama a atenção, embora não surpreenda, que a soma de quem assiste a jogos pelo Youtube (44%) e por streamings (22%) já chega próximo ao percentual dos que ainda estão na TV aberta.

Com dinheiro ou não, o certo é que o futebol estimula que o brasileiro não se imponha limites para estar ao lado de seu time. Pelo menos 60% dos entrevistados já “cometeu alguma loucura” pelo seu clube e 9% deles já colocaram como meta se fazer presente nos próximos mundiais de clubes.

O papel social do esporte

Além de movimentar o bolso do brasileiro, sete em cada dez pessoas do Norte enxergam o papel social que o esporte representa no país. E 46% consideram o futebol como um grande aproximador de pessoas, promovendo laços entre familiares e amigos.

Durante a pesquisa foi possível perceber que o futebol feminino também está entre os eventos desejados pelo público. A porcentagem é muito próxima à intenção de assistir ao mesmo campeonato masculino, mostrando mais uma vez que o interesse do brasileiro é pelo esporte e não pelo gênero.

Metodologia da Pesquisa Serasa

A pesquisa encomendada pela Serasa foi realizada pelo Instituto Opinion Box em junho de 2025, e ouviu 2.940 pessoas, de diferentes faixas etárias e regiões do Brasil.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.