CUIDADOS

Período de calor intenso exige atenção redobrada para evitar arboviroses

Mesmo com a diminuição das chuvas, o verão amazônico requer cuidados para prevenir doenças virais, como dengue, zika e chikungunya

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Mesmo com a diminuição das chuvas, o verão amazônico requer cuidados para prevenir doenças virais, como dengue, zika e chikungunya
Mesmo com a diminuição das chuvas, o verão amazônico requer cuidados para prevenir doenças virais, como dengue, zika e chikungunya Foto: David Alves/Ag. Brasil

Com a diminuição das chuvas em algumas regiões do Pará, período conhecido como verão amazônico, é comum que a população relaxe os cuidados que previnem arboviroses (doenças virais transmitidas por mosquitos, aranhas e carrapatos). No entanto, mesmo neste período de mais horas de sol e calor intenso, ainda chove no fim da tarde e à noite, o que favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Por isso, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) reforça que a prevenção continua sendo a melhor forma de combater essas doenças.

Segundo a coordenadora estadual de Entomologia da Sespa, Bárbara Almeida, mesmo com a redução dos índices pluviométricos, os cuidados devem permanecer. “Durante o verão, realmente temos uma diminuição na densidade vetorial e, consequentemente, no número de casos. Porém, isso não significa que o risco deixou de existir. A vigilância deve continuar, principalmente porque as chuvas ainda ocorrem com frequência no fim do dia e à noite”, reforça.

Sintomas e Prevenção de Arboviroses

Sinais e sintomas – Entre os principais sintomas da dengue estão febre alta, dor de cabeça, dores musculares intensas, dor ao redor dos olhos, manchas vermelhas na pele, fadiga e falta de apetite. Já o zika costuma causar febre baixa, manchas vermelhas e vermelhidão pelo corpo. A chikungunya apresenta febre alta e fortes dores articulares, além de dor muscular, manchas na pele e cansaço extremo. “A dengue é a que apresenta maior risco de complicações, podendo evoluir para casos graves. A chikungunya provoca fortes dores nas articulações, que podem durar semanas ou meses. Já o zika, embora mais leve, exige atenção por estar associado a complicações neurológicas, especialmente em gestantes”, explica a coordenadora.

Limpeza permanente – Para quem pretende aproveitar o período de estiagem em áreas de mata, sítios ou regiões próximas a rios, o ideal é usar sempre repelente e, se possível, roupas que protejam a pele contra picadas de insetos.

Para quem vai deixar a casa fechada por alguns dias, a orientação é adotar medidas preventivas antes de viajar. “É fundamental fechar a válvula geral de água, tampar bem os vasos sanitários, vedar ralos com fita adesiva, eliminar qualquer vasilhame que possa acumular água da chuva e deixar o quintal limpo. Se possível, deixe uma chave com um vizinho ou parente de confiança para permitir a vistoria dos agentes de saúde, caso necessário”, destaca Bárbara Almeida.

A coordenadora reforça, ainda, que a responsabilidade pela prevenção é coletiva, e começa dentro de casa. “Não adianta esperar só pelo poder público. O combate ao mosquito precisa do envolvimento de toda a comunidade. Ao menor sinal de febre ou outros sintomas, a recomendação é procurar imediatamente uma unidade de saúde para diagnóstico e acompanhamento”, acrescenta.

Onde buscar ajuda

Cuidados diários nos domicílios:

  • Manter caixas d’água, tonéis e barris bem fechados;
  • Descartar corretamente o lixo e manter lixeiras tampadas;
  • Evitar o acúmulo de água sobre lajes;
  • Guardar garrafas com a boca virada para baixo;
  • Armazenar pneus em locais cobertos;
  • Proteger ralos com telas finas;
  • Vedar fossas;
  • Colocar areia nos suportes de vasos de plantas até a borda, e lavá-los semanalmente, e
  • Eliminar qualquer objeto que possa acumular água, como tampas de garrafas ou cascas de ovos.

A Rede Básica de Saúde é a porta de entrada para o atendimento de pacientes com sintomas. Quem apresentar febre alta (acima de 38°C), dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite e/ou dor de cabeça deve procurar atendimento médico imediato.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.