O Curupira, personagem do folclore brasileiro conhecido por proteger as florestas, foi escolhido como mascote oficial da COP30, que será realizada entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará. Com seus cabelos de fogo e pés virados para trás, o guardião das matas simboliza a luta em defesa do meio ambiente e a valorização da cultura amazônica.
A escolha do personagem conecta o evento à identidade da região que o sedia e busca engajar as novas gerações na pauta ambiental. “O Curupira cuidava dos bichos”, contou Fernanda, de 8 anos, que cresceu ouvindo histórias do protetor da floresta. “Ele fica muito bravo quando cortam as árvores”, afirmou a menina, em um depoimento que reforça o papel pedagógico do personagem.
Com registros históricos que datam de 1560, feitos pelo padre José de Anchieta, o Belém, no Pará passou por séculos sendo temido, cultuado e agora reaparece com um novo papel: o de porta-voz da urgência climática e da preservação ambiental.
Para o escritor paraense Paulo Maués, autor de Histórias de Curupira, a lenda permanece viva no imaginário popular e carrega uma função educativa relevante, sobretudo neste momento de visibilidade global da região amazônica.
COP30 e o Senado Brasileiro
A COP30, Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, é considerada um dos eventos mais importantes do mundo para debater ações e compromissos contra o aquecimento global. O Senado brasileiro acompanha os preparativos por meio de uma subcomissão da Comissão de Meio Ambiente, que trata de infraestrutura e dos compromissos que o Brasil apresentará à comunidade internacional.