LEVANTAMENTO

Pará integra maior pesquisa já realizada em favelas do Brasil

Levantamento será feito entre 4 e 6 de julho para mapear hábitos e comportamentos de moradores das periferias paraenses.

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Levantamento será feito entre 4 e 6 de julho para mapear hábitos e comportamentos de moradores das periferias paraenses.
Levantamento será feito entre 4 e 6 de julho para mapear hábitos e comportamentos de moradores das periferias paraenses. Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.

Entre os dias 4 e 6 de julho, o estado do Pará será palco de uma das etapas da maior pesquisa já realizada nas favelas brasileiras. A ação é coordenada pelo Instituto Data Favela, fundado por Celso Athayde e Renato Meireles, em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa), e mobiliza 50 pessoas treinadas para visitar comunidades e regiões periféricas do estado com o objetivo de levantar dados sobre hábitos, costumes, preferências e comportamentos dos moradores.

A iniciativa faz parte de um levantamento nacional que pretende oferecer um retrato aprofundado da realidade das favelas brasileiras, incluindo regiões historicamente invisibilizadas nos dados oficiais. No Pará, a pesquisa será aplicada em áreas ribeirinhas, comunidades quilombolas e demais territórios periféricos.

“Queremos mostrar a força das favelas e, para isso, precisamos ouvir quem vive nesses lugares. O estado do Pará conta com periferias ricas em cultura, inovação, boas ideias e, principalmente, de gente trabalhadora e criativa que faz a potência das favelas todos os dias”, destaca Jorge Carvalho, presidente da Cufa Pará.

O levantamento tem como base a experiência anterior do projeto “Favela no Mapa”, realizado em parceria com o IBGE, que inseriu comunidades periféricas no Censo Demográfico. Agora, a proposta é ampliar ainda mais a abrangência e o detalhamento das informações coletadas.

Segundo o produtor executivo da Cufa Pará, Daniel Noel, o estado estará bem representado na pesquisa. “Estaremos nas áreas ribeirinhas, comunidades quilombolas e outras regiões periféricas para traçar o perfil dos moradores das favelas paraenses”, afirmou.

Divulgação e Expansão da Pesquisa

A divulgação dos primeiros resultados nacionais está prevista para o dia 18 de julho, às 15h, em uma coletiva de imprensa no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Em seguida, os estados iniciarão a divulgação dos recortes locais, permitindo análises segmentadas sobre as diferentes realidades das comunidades brasileiras.

“Essa pesquisa será histórica — e não vamos parar por aqui. Em outubro, vamos expandir esse mapeamento para 70 países”, revelou Celso Athayde.

Já Renato Meireles destacou o desafio logístico da ação. “Fazer uma pesquisa com tanta gente é sempre um desafio. Mas a CUFA já tem experiência, é nossa parceira de longa data, e vamos contar com profissionais realizando a supervisão in loco. Adoramos desafios”, comentou.

Com presença consolidada em milhares de comunidades pelo país, o Data Favela reforça que a participação popular é o eixo central da metodologia. A proposta é garantir que a voz das favelas seja ouvida e considerada na construção de políticas públicas e iniciativas sociais.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.