DECISÃO

Justiça do Rio autoriza cremação de Juliana Marins

A Justiça do Rio de Janeiro autorizou a cremação do corpo da publicitária Juliana Marins, 26, que morreu após cair durante uma trilha no monte Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia

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A Justiça do Rio de Janeiro autorizou a cremação do corpo da publicitária Juliana Marins, 26, que morreu após cair durante uma trilha no monte Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia
A Justiça do Rio de Janeiro autorizou a cremação do corpo da publicitária Juliana Marins, 26, que morreu após cair durante uma trilha no monte Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia. Foto: Divulgação

A Justiça do Rio de Janeiro autorizou nesta quinta-feira (3) a cremação do corpo da publicitária Juliana Marins, 26, que morreu após cair durante uma trilha no monte Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia. A cerimônia de despedida será nesta sexta (4), em Niterói (RJ), cidade onde Juliana morava com a família.
O velório será realizado no Cemitério Parque da Colina, com visitação aberta ao público das 10h às 12h. Depois disso, das 12h30 às 15h, o acesso será restrito à família e amigos. A cremação ocorrerá em seguida.

A autorização para o procedimento foi concedida pelo juiz Alessandro Oliveira Felix, titular da Vara de Registros Públicos da capital fluminense, a partir de pedido feito pela irmã da jovem, Mariana Marins.

“Deve ser deferido o pedido, como forma de permitir a observância do postulado constitucional de dignidade da pessoa humana, não apenas com relação ao de cujus, mas, de igual modo, quanto aos seus familiares, que pretendem que seja promovida a cremação de seu ente querido, como forma de homenagem à sua vontade”, escreveu o magistrado em trecho da decisão.

O pedido foi feito pela Defensoria Pública do Estado do Rio, após atuação conjunta com a Defensoria Pública da União. A liberação do corpo dependia da conclusão de uma nova autópsia, realizada no Brasil a pedido da família.

Juliana havia passado por necropsia na Indonésia, mas parentes pediram a reavaliação para esclarecer com mais precisão a causa e a hora da morte, além de verificar sinais que pudessem ter passado despercebidos pela perícia local.

A nova autópsia foi realizada na manhã desta quarta-feira (2), no Instituto Médico Legal do Rio. Segundo o Departamento-Geral de Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil, o exame começou às 8h30 e durou pouco menos de duas horas e meia.

Dois peritos legistas da Polícia Civil conduziram o exame, que foi acompanhado por um perito da Polícia Federal, um assistente técnico da família e pela irmã de Juliana, Mariana Marins. O laudo preliminar deve ser entregue em até sete dias. A precisão do diagnóstico vai depender do estado do corpo e da necessidade de exames complementares.

A homologação da autópsia ocorreu após uma audiência na Justiça Federal na terça-feira (1º), com participação da AGU (Advocacia-Geral da União), da DPU e do governo do estado do Rio.

O corpo de Juliana chegou ao Brasil na noite de terça (1º), trazido pela FAB (Força Aérea Brasileira), que fez o transporte de Guarulhos (SP) até a Base Aérea do Galeão, na zona norte do Rio.

Segundo a Defensoria, a cremação atende a um desejo manifestado pela própria Juliana. “Essa é uma forma de resguardar a dignidade humana dela, dignidade que, ao que tudo indica, foi negligenciada pelas autoridades da Indonésia”, afirmou o defensor Marcos Paulo Dutra Santos, coordenador do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da DPRJ.

“A atuação da Defensoria garante à família, em meio a uma situação de extrema dor, o direito ao luto, respeitando-se a vontade da própria Juliana”, completou.

ALÉXIA SOUSA