CUIDADO!

Férias no interior? Veja como evitar cobras, aranhas e outros animais peçonhentos

Sespa alerta para cuidados essenciais durante passeios em balneários, matas e casas de veraneio no Pará

OFERECIMENTO

Hospital HSM Acessar site
Férias no interior? Veja como evitar cobras, aranhas e outros animais peçonhentos Férias no interior? Veja como evitar cobras, aranhas e outros animais peçonhentos Férias no interior? Veja como evitar cobras, aranhas e outros animais peçonhentos Férias no interior? Veja como evitar cobras, aranhas e outros animais peçonhentos
Reprodução
Reprodução

Com a chegada das férias de julho, aumenta o número de pessoas em contato direto com a natureza — seja em praias, sítios, rios ou casas de campo. É nesse período que também crescem os acidentes com animais peçonhentos, como cobras, escorpiões, aranhas e arraias. Para prevenir ocorrências, a Sespa reforça os cuidados que devem ser adotados, especialmente por quem viaja para áreas rurais ou mais isoladas.

“É nesse contato mais próximo com a natureza, seja na praia ou no campo, que ocorrem os acidentes com animais peçonhentos, a maioria deles envolvendo serpentes, aranhas e escorpiões”, diz a coordenadora estadual de Zoonoses, Elke Abreu.

Dados preocupantes

Em 2024, o Pará registrou mais de 11 mil acidentes com animais peçonhentos. A maior parte foi causada por serpentes (5.078 casos) e escorpiões (3.061). Só em 2025, até o momento, já são mais de 5 mil ocorrências, com 2.219 casos envolvendo cobras e 1.471 com escorpiões.

Segundo a Sespa, 90% dos acidentes com serpentes são provocados pela jararaca. Também foram registrados casos com surucucu e cascavel.

Como se proteger?

Na trilha, no campo ou no quintal:

  • Use botas de cano alto, luvas de couro e perneiras ao caminhar em trilhas ou fazer serviços de roçagem e jardinagem;
  • Evite andar descalço, especialmente próximo a rios, igarapés ou matas;
  • Evite deixar crianças sozinhas em áreas de risco e observe atentamente o local antes de qualquer atividade;
  • Ao chegar em casas fechadas por muito tempo, abra portas e janelas, inspecione teias de aranha, mofos e espaços atrás de móveis e cortinas.

Em casa ou nas redondezas:

  • Mantenha terrenos limpos, grama cortada e lixo bem acondicionado;
  • Inspecione roupas, calçados, toalhas, roupas de cama e panos de chão antes de usar;
  • Afaste camas e berços das paredes e evite lençóis encostando no chão;
  • Vede frestas, buracos e ralos, e evite o acúmulo de entulhos ou lenha.

Atenção especial para escorpiões e aranhas

Evite colocar as mãos em tocas, buracos, cupinzeiros, pilhas de madeira ou pedras. Caso encontre um animal peçonhento, não tente matar ou manipular. Afaste-se com cuidado e, se ocorrer um acidente, busque atendimento médico imediatamente.

Arraias: o perigo escondido nas águas rasas

As arraias, comuns em rios e praias do Pará, provocam acidentes ao serem pisadas. Elas cravam o espinho da cauda na pele e liberam veneno. O atendimento médico é essencial para retirada do ferrão, limpeza da ferida e administração de vacina antitetânica.

O que fazer em caso de picadas:

  • Lave o local com água e sabão e mantenha a vítima em repouso;
  • Não amarre, não corte, não sugue e não aplique substâncias caseiras;
  • Retire acessórios apertados, como anéis e sapatos;
  • Informe aos profissionais de saúde as características do animal;
  • Em caso de picadas de cobra, a aplicação de soro antiofídico é obrigatória;
  • Picadas de aranhas e escorpiões exigem observação médica por pelo menos 12 horas;
  • Acidentes com águas-vivas e caravelas devem ser tratados com compressas frias e lavagem com vinagre (sem esfregar), além da retirada cuidadosa dos tentáculos.

Atendimento e notificação

Todo acidente com animal peçonhento deve ser notificado pelos profissionais de saúde, mesmo que não haja necessidade de soro. A Sespa conta com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), que pode ser acionado para orientar sobre o atendimento adequado.

Serviço:
Ciatox – Belém
Rua dos Mundurucus, 4487 – Guamá
Contatos: (91) 98628-4585 / 98519-8770
Fonte: Agência Pará