GOLEADOR NADA POR ACASO

Pedro Rocha, um goleador improvável

O atacante marcou oito gols na Série B, liderando a tábua de artilheiros da competição com três gols de vantagem sobre o segundo colocado.

Pedro Rocha, um goleador improvável Pedro Rocha, um goleador improvável Pedro Rocha, um goleador improvável Pedro Rocha, um goleador improvável
O atacante marcou oito gols na Série B, liderando a tábua de artilheiros da competição com três gols de vantagem sobre o segundo colocado.
O atacante marcou oito gols na Série B, liderando a tábua de artilheiros da competição com três gols de vantagem sobre o segundo colocado. Foto: Samara Miranda/Remo

O Remo cumpre campanha de briga pelo acesso no Campeonato Brasileiro. São 23 pontos conquistados em 14 rodadas, que garantem o 5º lugar na classificação. Muitos desses pontos tiveram a decisiva contribuição de Pedro Rocha, jogador que chegou ao Remo como aposta depois de uma temporada apenas razoável na Série A 2024 defendendo o Criciúma.

O atacante marcou oito gols na Série B, liderando a tábua de artilheiros da competição com três gols de vantagem sobre o segundo colocado. A performance surpreende porque supera amplamente o desempenho dele no Campeonato Paraense. E chama atenção porque Pedro Rocha sempre se destacou mais jogando como atacante de lado.

Aliás, com base no que exibiu no Parazão, marcando quatro gols, Rocha não despertou grandes expectativas na torcida azulina. Ao lado de Felipe Vizeu, outra contratação do Remo com vistas à Série B, ele teve participação discreta na campanha vitoriosa dos azulinos no Estadual.

Ao ser anunciado como reforço, poucos acreditavam no ponta revelado no Grêmio-RS. Depois de passar pelo futebol internacional, Rocha voltou ao Brasil e defendeu Flamengo, Atlético-PR e Fortaleza. Em 2023, ficou parado por oito meses devido a uma lesão no joelho. Recuperado, atuou pelo Criciúma, mas não marcou gol durante o Brasileiro.

O atual momento já iguala a melhor fase da carreira de Pedro Rocha, em 2016, quando despontou no Grêmio e gerou até convocação para a Seleção Brasileira. O mais relevante é que os gols vieram em consequência do bom rendimento coletivo da equipe, ainda sob o comando de Daniel Paulista.

Um esquema simples e objetivo, baseado em avanços pelos corredores laterais e marcação forte no setor defensivo, permitiu ao Remo frequentar o G4 e permanecer invicto até a 11ª rodada do Brasileiro.

Mesmo com limitações no setor de criação, sem um meia-armador de qualidade e golpeado pela ausência de Jaderson por cinco rodadas, o ataque vem funcionando bem, tendo Pedro Rocha como destaque maior.

Os reforços anunciados ontem pelo Remo – os volantes Cantillo e Nathan Camargo e o zagueiro Kawan – podem ser determinantes para que o time ganhe mais força e poder de criação, o que certamente irá permitir que o artilheiro aumente sua marca na competição e contribua para o projeto azulino de busca pelo acesso à Série A.  

Marlon evolui no embalo da retomada do Papão

É fato que sob o comando de Claudinei Oliveira o PSC mudou da água pro vinho, começando pela atitude determinada em busca das vitórias e a arrancada de recuperação que tirou o time da lanterna do campeonato. Um jogador em particular foi muito beneficiado com a troca de direção técnica: Marlon, que voltou inclusive a fazer gol depois de longo jejum.

A evolução técnica do atacante tem tudo a ver com a transformação operada no PSC. Marlon nem titular costumava ser desde que Márcio Fernandes foi substituído por Luizinho Lopes. Virou opção no banco de reservas e, quando aparecia na equipe, era atuando em posições estranhas, como ala direito e meia de ligação.

As atuações confusas começaram a se repetir e a torcida, como sempre ocorre nesses casos, não perdoou. A insatisfação aumentava com os resultados negativos e alguns jogadores começaram a alvejados. Marlon entrou nesse combo e chegou a ser vaiado dentro da Curuzu.

O que vem ocorrendo é um processo de reabilitação. Mesmo ainda escalado em funções variadas, ele vem recuperando a confiança, talvez por perceber que o comando técnico também confia nele.

Desde a estreia de Claudinei, diante do Botafogo-SP, Marlon se transformou em peça obrigatória nas escalações. Foi assim no Re-Pa e também na emocionante vitória sobre a Ferroviária, quando marcou o gol de empate, tirando o time do sufoco num momento crucial da partida. Lembrou os bons tempos do Marlon artilheiro, decisivo nas ações dentro da área.

Sinal claro de que os ventos sopram favoravelmente a ele, para o importante confronto de sábado com o Avaí, em Florianópolis, já não há dúvida quanto à presença de Marlon na estrutura ofensiva do time, como atacante pelos lados ou parte do quadrado de meio-campo.   

Fenômeno Azul lidera ranking de público na Série B

Os números referentes a público no Campeonato Brasileiro da Série B confirmam a grandeza das torcidas paraenses, depois de 14 rodadas disputadas. Turbinado pela boa campanha, o Remo lidera o ranking da competição e o PSC é o 4º colocado. O Leão tem um total de 192.080 pagantes e média de 27.440 pagantes, seguido por Atlético-PR (160.857 pagantes e média de 20.107), Coritiba em 3º (134.571 – 22.429) e Paysandu em 4º lugar, com 111.936 pagantes e média de 15.991.

O Criciúma aparece em 5º lugar no ranking de torcidas, com público total de 66.559 e 8.320 de média. O líder Goiás aparece em 6º lugar, com 49.883 pagantes e média de 7.126. O CRB é o 7º, com 48.853 de público total e média de 6.979, seguido por Avaí (45.767 – 6.538), Vila Nova (43.495 – 6.538) e Chapecoense (33.453 – 4.779).

Fica claro que a opção do Remo por mandar jogos no estádio Jornalista Edgar Proença foi fundamental para atestar a força de sua torcida.