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Pele e olhos sob risco: como se cuidar no verão da Amazônia

Além do protetor solar, é recomendado o uso de roupas claras e de manga longa, chapéus de aba larga, guarda-sóis e óculos com proteção UV.

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Usuários de lentes de contato devem ter cuidado especial, evitando abrir os olhos em mergulhos e mantendo uma higienização rigorosa das lentes.
Usuários de lentes de contato devem ter cuidado especial, evitando abrir os olhos em mergulhos e mantendo uma higienização rigorosa das lentes. Foto: Jackson Lobato (Ascom CIIR)

Com o início do Verão Amazônico — período que vai de julho a novembro e se caracteriza por alta radiação solar e escassez de chuvas —, o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, faz um alerta importante sobre os cuidados com a saúde da pele e dos olhos, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos, pessoas com deficiência, com albinismo e baixa visão.

A dermatologista Juliana Bacellar destaca que o principal cuidado é evitar a exposição solar entre 10h e 16h. “O uso de protetor solar com fator de proteção (FPS) acima de 50 é fundamental. Para pessoas com albinismo, o ideal é usar FPS 70 ou superior, com reaplicação a cada duas horas — inclusive em dias nublados”, orienta.

Além do protetor solar, é recomendado o uso de roupas claras e de manga longa, chapéus de aba larga, guarda-sóis e óculos com proteção UV. A hidratação contínua também é essencial, por meio do consumo de água, sucos naturais e alimentação leve.

Período de sol intenso deve ser um alerta para o uso de protetores e outros utensílios

FOTO: Alberto Bitar

Casos mais sensíveis

Para pessoas albinas, os cuidados devem ser redobrados. “Essa população tem a pele extremamente vulnerável ao sol. Além do filtro solar adequado, é importante utilizar roupas com proteção ultravioleta e chapéus apropriados. A exposição ao sol deve ser evitada sempre que possível, mesmo fora do horário de pico”, alerta Juliana.

A médica também chama atenção para sinais de alerta: em crianças, vermelhidão intensa, bolhas ou ardência podem indicar queimaduras solares. Em idosos, qualquer ferida que não cicatrize ou pinta que sangre deve ser avaliada por um especialista.

Proteção da visão também é essencial

A oftalmologista Maria Maeve, também do CIIR, reforça que os olhos não devem ser negligenciados. “Óculos escuros com proteção UVA e UVB são indispensáveis. É importante garantir que sejam de procedência confiável. Chapéus e sombrinhas também ajudam a proteger a visão”, explica.

Usuários de lentes de contato devem ter cuidado especial, evitando abrir os olhos em mergulhos e mantendo uma higienização rigorosa das lentes. A exposição solar sem proteção pode acelerar a formação de catarata, causar lesões na retina e agravar problemas oculares já existentes.

Rotina de cuidados: exemplos que inspiram

Gabriela Souza, mãe da pequena Ana Gabrielly, de 10 anos e usuária albina do CIIR, relata que a proteção solar é parte da rotina da família. “Ela está sempre de chapéu e óculos escuros. Evitamos sair nos horários mais quentes e até o banho dela é com água morna para não agredir a pele.”

Outro exemplo é o aposentado Ivan Oliveira, de 52 anos, que trata neurite óptica idiopática no centro. “Só enxergo com a visão periférica, mas cuido muito bem da minha saúde: uso camisa de manga longa, chapéu e óculos escuros sempre que saio. Homem também precisa se cuidar. Prevenção é tudo”, afirma.

Dicas do CIIR para o Verão Amazônico:

  1. Evite o sol entre 10h e 16h;
  2. Use protetor solar com FPS 50+ (ou 70+ para peles sensíveis);
  3. Vista roupas claras, de manga longa e com proteção UV;
  4. Utilize chapéus, guarda-sóis e óculos escuros com proteção UVA/UVB;
  5. Hidrate-se bem com água e alimentação leve;
  6. Ao notar sinais incomuns na pele ou nos olhos, busque atendimento especializado.
Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.