O futebol cria seus personagens que ganham vida com seus feitos dentro e fora das quatro linhas. Uns mais pela badalação, resenhas e fatos pitorescos do que propriamente pelo talento. Certamente esses excessos acabam diminuindo algumas façanhas desses personagens no seu campo de atuação.
É o caso do treinador do Fluminense Renato Gaúcho. Com fama de boleirão, nunca esteve na primeira prateleira dos grandes treinadores do país. Sua carrreira vitoriosa meio que se limitou ao Grêmio e ao Fluminense, clubes com quem teve maiores identificações até agora.
Teve passagens pelo Bahia e Vasco, mas sem causar tanto impacto. Os embates com a imprensa e declarações polêmicas acabaram sempre ganhando uma ressonância superior ao seu trabalho. E Renato tem culpa nisso por alimentar e dar corda ao personagem que criou.
Vale lembrar que como jogador, foi um exímio atacante no Grêmio, seleção brasileira, Flamengo e até arriscou a sorte na Roma. Mas sempre colecionando polêmicas, dessa vez com a fama de mulherengo e rei da noite. Outros tempos.
Renato, 62 anos e hoje treinador, é uma das gratas surpresas do Mundial de Clubes com seu Fluminense sobrevivendo na competição, e vendo os rivais Flamengo e Botafogo pegarem o rumo de casa. Agora tem uma boa chance de avançar às semifinais contra o surpreendente Al-Hilal.
A Trajetória de Renato Gaúcho e o Fluminense no Mundial de Clubes
O que quer que aconteça, o Flu já fez bastante e Renato provou que merece um respeito maior por sua capacidade como treinador. Armou o time para bater a perigosa Inter de Milão sem passar sufoco. Foi bem na primeira fase. Fez o que previsava ser feito.
O futebol também previsava fazer justiça a este personagem, que continua sendo criticado por cronistas enjoados e alguns até atacando por clubismo, afinal vivemos outros tempos em que cada um abraça sua bandeira pra caçar uns likes. Renato diria que os cães latem e a caravana passa. É por aí.
Voltamos a qualquer momento…