ANÁLISE

O renascimento empolgante do Paysandu na Série B

Bastaram 4 minutos para o PSC reverter um resultado adverso diante da Ferroviária de Araraquara, ontem à noite, na Curuzu.

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Bastaram 4 minutos para o PSC reverter um resultado adverso diante da Ferroviária de Araraquara, ontem à noite, na Curuzu.
Bastaram 4 minutos para o PSC reverter um resultado adverso diante da Ferroviária de Araraquara, ontem à noite, na Curuzu.. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Bastaram 4 minutos para o PSC reverter um resultado adverso diante da Ferroviária de Araraquara, ontem à noite, na Curuzu. Surpreendido com o gol do visitante no 1º tempo, o time paraense teve a virtude de não se abalar. Voltou para a etapa final com ânimo redobrado, superando as más condições do gramado e a eficiente marcação dos paulistas. A vitória foi construída em lances de movimentação na área, que comprova a funcionalidade do novo ataque.

O mais importante é o sentimento que o time passa ao torcedor com a conquista da terceira vitória consecutiva. O jejum de 11 jogos é coisa do passado, nem é mais lembrado, pois os triunfos têm efeito contagiante. Com Claudinei, o PSC reencontrou o caminho das pedras, mesmo frente a dificuldades como diante da Ferroviária.

Os problemas se concentraram no 1º tempo pelo excesso de passes errados. Sem conseguir articular jogadas ofensivas, o time perdia muito tempo e não conseguia conter o ímpeto do adversário nos contra-ataques.  

Sem Rossi, normalmente o articulador da equipe, o Papão custou a se organizar na meia-cancha. O trio que ocupou o setor central – Ronaldo Henrique, Anderson Leite e Marlon – buscava acelerar, mas as coisas demoraram a funcionar. Enquanto isso, a Ferroviária se mantinha retraída. 

O gramado enlameado atrapalhou pelo menos um bom ataque. Aos 15 minutos, Diogo Oliveira recebeu passe de Marlon e se preparava para entrar livre na área quando a bola acabou parando na água.

Quando a chuva diminuiu, o Papão começou a se movimentar. Diogo Oliveira esticou bola preciosa para Maurício Garcez, que finalizou com perigo para Dênis Júnior. Ágil, Garcez era a principal válvula de escape no ataque. Ainda disparou um chute cruzado, que o goleiro espalmou aos 35’.

Mesmo superior na reta final, o PSC teve o dissabor de sair para o intervalo em desvantagem. Num cochilo da zaga, aos 42’, Tarik aproveitou o cruzamento de Juninho, balançando as redes bicolores.

Claudinei providenciou mudanças no time para buscar a reação. Promoveu a estreia de Thiago Heleno (no lugar de Novillo) e lançou Marcelinho, substituindo Vinni Farias. As mexidas foram fundamentais para botar fogo no jogo, apesar da chuva forte que insistia em castigar a Curuzu.

E foi pelos pés de Marlon que o Papão chegou ao empate, aos 18’. Ele aproveitou rebote da zaga e chutou duas vezes para acertar o canto da trave de Dênis Júnior. Logo em seguida, o lateral Bryan Borges cruzou para Diogo Oliveira. Ele escorou para Marlon, que errou o alvo por pouco.

Aos 22’, para festa da torcida que lotou a Curuzu, Reverson mandou a bola na área, Marcelinho matou no peito e finalizou rasteiro, sem chances para o goleiro. A Ferroviária botou mais atacantes, mas as saídas em contra-ataque do Papão eram sempre perigosas e o jogo terminou mesmo em 2 a 1.

Claudinei mantém o desempenho 100% e o PSC completou uma invencibilidade de três partidas, ficando mais próximo de deixar o Z4, a apenas três pontos do Botafogo-SP, primeiro time fora da zona.  

Fluminense, gigante, supera o 2º melhor da Europa

Espécie de patinho feio entre os representantes brasileiros no Mundial de Clubes, o Fluminense cravou categórica vitória de um time nacional sobre um dos pesos-pesados da Europa – feito parecido com o do Botafogo sobre o PSG, com a diferença de ter sido obtido num jogo decisivo.

Desembaraço e confiança não faltaram aos comandados de Renato Gaúcho contra a temida Internazionale de Milão, vice-campeã europeia. A postura do Tricolor no começo do confronto foi determinante para a vitória.

Logo aos 3 minutos, após cruzamento de Arias, Germán Cano mergulhou de cabeça para abrir o placar. O jogo transcorreu sob absoluto e competente controle do time de Renato Gaúcho, que ainda teve tempo para fazer 2 a 0 com Hércules, aos 48’ do 2º tempo.  

Renato, sempre sob desconfiança quanto ao conhecimento tático, confundiu os italianos com um sistema de três zagueiros e um meio-campo essencialmente marcador, liberando Arias e Cano para atacar.

Classificado para as quartas de final, o Flu também festeja o excelente faturamento: embolsou mais R$ 72 milhões em premiação. No total, já garantiu R$ 200 milhões no Mundial.

O feito do Flu foi tão impactante que o capitão Lautaro Martínez, da Inter, saiu disparando críticas ao próprio time: “Quero brigar pelos principais títulos. Quem quiser permanecer na Internazionale, muito bem, vamos lutar. Mas quem não quiser ficar pode ir embora. Precisamos de uma mentalidade de alto nível ou, por favor, vá embora”.

Covardia diante do Palmeiras custa emprego de Paiva

O técnico do Botafogo, Renato Paiva, foi o primeiro a rodar no Mundial de Clubes. O sistema que adotou contra o Palmeiras, baseado na cautela e sem força ofensiva, aborreceu John Textor, o dono da SAF, que resolveu demiti-lo no domingo à noite.

Textor quer um Botafogo ofensivo e vencedor. A SAF depende de conquistas para seguir dando lucro. Paiva não entendeu essa lógica e ainda aproveitou a entrevista pós-jogo para reclamar reforços. Dançou.