O Paysandu foi oficialmente punido pela FIFA com o transfer ban, medida que impede o clube de registrar novos jogadores até que regularize pendências financeiras. A sanção foi aplicada devido à falta de pagamento de parte do valor acordado na contratação do lateral-esquerdo Keffel, que atualmente está emprestado ao Portimonense, de Portugal.
O jogador, que possui contrato com o clube bicolor até novembro de 2025, teve 50% de seus direitos econômicos adquiridos junto ao Torrense, outro clube português, em julho de 2024. Inicialmente, o Paysandu pagou R$ 304 mil pela transação, mas havia uma cláusula contratual que previa aumento do valor para R$ 730 mil caso o clube permanecesse na Série B em 2025 — objetivo que foi alcançado.
A diferença de R$ 425 mil, no entanto, não foi quitada, o que resultou na denúncia à FIFA e, consequentemente, na punição com o transfer ban. Isso significa que o Paysandu está temporariamente impedido de registrar novos atletas em qualquer janela de transferências.
Apesar de todo o custo envolvido, Keffel teve participação limitada com a camisa do clube, atuando por apenas 45 minutos em uma única partida, contra o Santos, pela 20ª rodada da Série B de 2024.
O que é transfer ban?
O transfer ban é uma sanção administrativa aplicada pela FIFA a clubes que descumprem regras contratuais ou financeiras. Quando um clube não cumpre suas obrigações — como pagamentos em negociações —, o credor pode acionar a FIFA, que estabelece um prazo para regularização. Se o valor devido não for pago dentro do período determinado (geralmente 45 dias), o clube é proibido de registrar novos jogadores até que quite a dívida.
Casos como esse já atingiram clubes de grande expressão, como Barcelona, Al-Nassr, Corinthians e Fortaleza. Se não houver solução, além do bloqueio para contratações, o clube pode ser submetido a punições ainda mais severas.
Caso o Paysandu quite o débito e comprove o pagamento, poderá solicitar à FIFA o fim da sanção e, então, retomar as movimentações no mercado.