Referência no cenário de quadrinhos independentes do Norte do Brasil, o Coletivo Açaí Pesado busca financiamento para lançar a HQ “Hipernatureza”, uma publicação potente e pulsante como as culturas vivas e ancestrais da Amazônia. Com aprovação na Lei Semear, o projeto precisa arrecadar dinheiro para o pagamento de artistas e a impressão do material.
A campanha visa a formação de parcerias estratégicas com lideranças indígenas, PCD’S, periféricas, LGBTQIAPN+, ribeirinhas e quilombolas para co-criação. Universidades, ONG’s e centros culturais focados em socioambientalismo, arte-educação e coworkings para reuniões.
“A Lei Semear não fornece o dinheiro, mas oferece a carta para captar com as empresas que pagam ICMS. Nossa cota mínima é de R$ 150 mil, então conseguindo esse patrocínio, poderemos pagar todos e fazer a impressão da HQ”, explica Ana Cavallare, coordenadora geral do coletivo.
“Temos três cotas, que vão desde direitos de nome, ativações de marca e indicação de painelista, além, claro, de logotipo em todos os materiais. Com a captação, além da publicação, será realizado um evento inédito de cultura pop, arte e socioambientalismo em Belém. Totalizando mais de 54 horas de atividades formativas, o evento contará com oficinas, workshops, painéis, feira gráfica e gastronômica. O objetivo é criar um espaço de ativação, acolhimento e formação em torno de temas urgentes da sociedade, ligados à proteção da Amazônia e sua cultura”, detalha Ana.
O Coletivo Açaí Pesado é formado ainda por Beatriz de Miranda, coordenadora de Produção Geral e Executiva; Jô Santo, coordenadora de Comunicação; a advogada Mariana Farias; e Stefanie Favacho, coordenadora de Publicação.
A coordenadora geral diz que além dessas parcerias, eles também almejam despertar o interesse de editoras e livrarias independentes interessadas em circular a HQ, empresas locais que trabalhem com brindes sustentáveis, bioeconomia ou selo verde e rádios. “Podem ainda ser nossos parceiros, portais de jornalismo e cultura pop, influenciadores e criadores de conteúdo que dialoguem com o público jovem e decolonial. Além de produtores de alimentos amazônicos, para nos ajudar na Feira Gastronômica que fará parte do evento”.
Inspirada na resiliência e união do povo amazônida pela proteção da floresta, a obra conta com mais de 40 artistas e prevê seu lançamento no primeiro semestre de 2026. “Serão onze histórias que trazem seres e civilizações de diferentes realidades, criando alianças e conflitos em torno do território. Queremos usar o conceito da Hipernatureza em favor da proteção da Amazônia e pelo que há de melhor no ser humano. As histórias, ainda em produção, têm como enredo a conexão espiritual e sensitiva com a floresta, bioeconomia, monocultura, ameaças tecnocorporativas, fake news, conflitos entre comunidades locais, interesses econômicos externos, colapso climático, bioengenharia, entre outros”.
Ana também idealizou o conceito de Hipernatureza, que é uma força viva, um poder ancestral, a resposta da floresta, das águas, do povo e dos seres encantados à exploração e destruição que tentam impor. “Quando falamos de Hipernatureza, estamos falando de uma fusão entre mundos visíveis e invisíveis, aqui no Norte, sabemos que a Amazônia é muito mais do que é mostrado, ela respira, sente e, quando necessário, reage. Imagine uma existência livre, mágica e decolonial, um povo de múltiplas cosmopercepções e que dá razão a ancestralidade, usando as tecnologias em seu favor. É isso que queremos mostrar”.
SELO AÇAÍ RAÍZ
Em sua configuração atual, o coletivo conta com 40 artistas e convidados empoderando e fortalecendo a nova geração de criativos do Pará. O projeto ainda prevê exposições e performances que se conectam diretamente com a população de treze bairros da região metropolitana de Belém, junto com outras cidades natais dos membros como Ananindeua, Barcarena, Cametá e Paragominas.
Colabore
Financiamento da HQ “Hipernatureza”
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