O Amazon Energy 2025 chegou ao fim nesta quinta-feira (26), em Belém, com a apresentação oficial da Carta Belém — documento que consolida os principais compromissos, propostas e encaminhamentos debatidos durante o evento. A cerimônia de encerramento foi realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) e simboliza o fechamento de um ciclo de discussões voltadas à transição energética justa e sustentável na Amazônia e no Brasil.
Elaborada a partir das contribuições de especialistas, representantes do setor produtivo, academia e poder público, a Carta Belém será entregue à coordenação da COP30 e pretende influenciar os debates preparatórios para a conferência climática, que acontecerá em novembro na capital paraense.
O documento defende uma transição energética equilibrada e economicamente viável, com destaque para a exploração responsável de petróleo e gás na Margem Equatorial, avanço de projetos de fontes renováveis, desenvolvimento de minerais críticos e superação de entraves como logística, licenciamento ambiental e qualificação de mão de obra.
“Os painéis trouxeram conhecimentos fundamentais que agora precisam ser traduzidos em ações concretas. A Federação está comprometida em buscar as melhores práticas e promover a colaboração entre os estados amazônicos”, afirmou Alex Carvalho, presidente do Sistema FIEPA.
Energia e soberania
No último dia do evento, os debates giraram em torno das perspectivas para o futuro energético do Brasil e da região amazônica. Um dos destaques foi a participação de Jonilton Pessoa, gerente executivo de Exploração da Petrobras, que alertou sobre a importância estratégica da Margem Equatorial para a autonomia energética nacional.
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“O petróleo está em tudo. É matéria-prima para a indústria, gera empregos, renda, royalties e autonomia. Abrir mão da exploração enquanto outros países o fazem é ceder soberania”, defendeu.
Participação e legado
O Amazon Energy 2025 promoveu 16 painéis com a presença de 40 especialistas, entre representantes de ministérios, governos estaduais, setor privado e instituições científicas. A troca de experiências e os dados apresentados visam preparar o Brasil para assumir protagonismo no debate energético global, especialmente às vésperas da COP30.
Alex Carvalho encerrou o evento reforçando a importância da ciência, da indústria e dos dados técnicos na construção de políticas públicas sólidas:
“O Brasil tem a matriz energética mais limpa do mundo e capacidade de desenvolver tecnologia sem abrir mão de uma indústria forte e descarbonizada. Essa é a nossa grande oportunidade.”
Diretor de Redação
Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.
