Antes da próxima janela de transferências do Brasileiro, Séries A e B, quando promete voltar ao mercado da bola, o Paysandu ganhou, com antecedência, uma nova peça para o seu elenco. Desta vez, não se trata de nenhum jogador contratado, mas, sim, de uma profissional que já vem atuando fora das quatro linhas. Trata-se da psicóloga Thaysse Gomes. Há tempos a diretoria do Papão vinha buscando a contratação de um profissional do ramo. Procura que se intensificou durante o período de jejum de vitória do time na Segundona. Agora, finalmente, o clube conta com uma profissional dedicada à saúde mental humana.
Há dez dias a psicóloga Thaysse Gomes trabalha na Curuzu, embora só ontem o clube tenha anunciado a contratação da profissional. Em entrevista ao site do clube, ela falou sobre o quadro que encontrou na Curuzu. “Esperava encontrar um ambiente mais caótico aqui quando cheguei, mas encontrei alguns atletas desmotivados. Hoje, percebo que é surreal a diferença. Estar em um lugar com suporte psicológico influencia muito naquilo que você pensa sobre esse lugar. Tem sido uma experiência bem legal”, contou a psicóloga, que revelou ter seu trabalho bem aceito pelo elenco bicolor.
A importância do trabalho psicológico no esporte
“Quando te chamam entendendo a sua importância, o cenário é outro. As pessoas estão compreendendo a necessidade de se ter um trabalho psíquico aqui”, declarou a psicóloga. Ontem, Thaysse desenvolveu, dentro de seu plano de trabalho, uma atividade de uma atividade de dinâmica introdutória. O objetivo da sessão da atividade, segundo revelou a profissional, serve para que os atletas compreendam a necessidade do mental na vivência esportiva. “Eu precisava entender qual era a demanda do clube. Por ser psicologia do esporte e se tratar de futebol, a gente já tinha algo pronto, mas precisava entender, de fato, onde eu poderia começar a contribuir”, explicou.
Thaysse recordou o seu início de atividade na Curuzu. “Na primeira semana, o meu trabalho foi muito mais no sentido de apenas observar ao máximo o comportamento de cada um. Ver como eles reagiam, por exemplo, quando o técnico chamava atenção para alguma situação. Diante disso, foi possível chegar a algumas conclusões com base nos movimentos, gestos e expressões dos jogadores. Por isso, nessa semana já vamos nos antecipar e chamar alguns atletas para iniciar atendimentos individuais”, adiantou Thaysse, de 27 anos, é natural de Belém, sendo formada pela Universidade da Amazônia, além de ser pós-graduanda em neuropsicologia, tendo passado pela FPF.