LIMITES EXTREMOS

Morte de brasileira em vulcão expõe limites do corpo sem água e comida

A publicitária Juliana Marins, de 26 anos, morreu após cair em uma trilha no Monte Rinjani, um dos vulcões mais altos da Indonésia.

A publicitária Juliana Marins, de 26 anos, morreu após cair em uma trilha no Monte Rinjani, um dos vulcões mais altos da Indonésia.
Reprodução

A publicitária Juliana Marins, de 26 anos, morreu após cair em uma trilha no Monte Rinjani, um dos vulcões mais altos da Indonésia. Natural de Niterói (RJ), ela estava presa a cerca de 300 metros de profundidade em uma encosta de difícil acesso e acabou não resistindo. A morte foi confirmada pela família nesta terça-feira (24), após quatro dias de tentativas de resgate.

Juliana fazia um mochilão pela Ásia quando sofreu o acidente, na madrugada da última sexta-feira (21), pelo horário do Brasil. Equipes de resgate levaram cerca de 16 horas para localizá-la. Socorristas conseguiram entregar alimentos, água e agasalhos, mas o terreno íngreme, a neblina e a queda brusca nas temperaturas impediram o resgate completo.

Limites do corpo humano

O caso reacendeu a discussão sobre os limites físicos do ser humano em situações extremas, especialmente quando há privação de água e alimentos. Especialistas explicam que a hidratação é o fator mais crítico em casos como esse. Em média, uma pessoa saudável pode sobreviver entre 2 e 4 dias sem ingestão de líquidos, a depender das condições climáticas, do esforço físico e do estado geral de saúde.

Já a ausência de alimentos é mais tolerável: o corpo pode resistir por várias semanas sem comida, com registros de sobrevivência de até 38 dias em jejum voluntário. No entanto, sem água, a falência orgânica pode ocorrer em questão de dias, levando à morte por desidratação severa.

Uma tragédia comovente

Juliana estava viajando sozinha e realizava a trilha ao lado de outros turistas quando escorregou e caiu em um desfiladeiro. O local era de difícil acesso até mesmo para equipes especializadas, que chegaram a montar um acampamento móvel para tentar alcançá-la. Em uma das atualizações antes da confirmação da morte, o Ministério do Turismo da Indonésia chegou a declarar que ela estava em “estado terminal”.

O caso comoveu brasileiros e indonésios nas redes sociais. A irmã da jovem, Mariana Marins, agradeceu os esforços das autoridades e do povo local e lamentou a perda. “Ela foi muito forte até o fim. Nós agradecemos por todas as orações e energias positivas”, escreveu.

Débora Costa

Coordenadora do site Diário do Pará

Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela UNAMA (Universidade da Amazônia). Especialista em Comunicação Corporativa e Marketing Empresarial com ênfase em mídias e redes sociais. Coordena o site Diário do Pará, parte do Grupo RBA, desde 2010. Ao longo da carreira, atuou na cobertura de diversas editorias, além de ter experiência no veículo de TV e na Coordenação do Núcleo de Mídias Digitais. 📍 Nascida em Belém-PA 📌 Redes Sociais: 📷 Instagram: @debboracosta 🐦 X: @debboracosta 💼 LinkedIn

Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela UNAMA (Universidade da Amazônia). Especialista em Comunicação Corporativa e Marketing Empresarial com ênfase em mídias e redes sociais. Coordena o site Diário do Pará, parte do Grupo RBA, desde 2010. Ao longo da carreira, atuou na cobertura de diversas editorias, além de ter experiência no veículo de TV e na Coordenação do Núcleo de Mídias Digitais. 📍 Nascida em Belém-PA 📌 Redes Sociais: 📷 Instagram: @debboracosta 🐦 X: @debboracosta 💼 LinkedIn